Saúde

Dr. Zacharias Calil participa de parto de gêmeos siameses e realizará mais uma cirurgia de separação

O cirurgião pediátrico Dr. Zacharias Calil participou nesta quarta-feira (22) do parto de gêmeos siameses…

O cirurgião pediátrico Dr. Zacharias Calil participou nesta quarta-feira (22) do parto de gêmeos siameses no Hospital Materno Infantil, unidade da Secretaria Estadual de Saúde (SES). No local, já foram registrados 38 casos de siameses, sendo que destes, 18 passaram por cirurgia de separação.

O caso dessa vez são duas meninas, cujos pais vivem em Salvador, capital da Bahia. A mãe grávida de quase 37 semanas foi encaminhada a Goiás e chegou a Goiânia na segunda-feira (20).As gêmeas são as primeiras filhas do casal, que vivem na periferia da capital baiana.

Após a mãe passar por exames médicos, foi apontada a necessidade de agilidade no procedimento, isso porque uma das meninas possui um sério problema cardíaco. Em decorrência disso, é provável que a cirurgia de separação tenha de ser realizada com a maior brevidade possível pelo Dr. Zacharias Calil,  referência no Brasil em casos de gêmeos coligados.

Cirurgias

As irmãs nasceram com 36 semanas e são unidas pelo tórax e abdômen, compartilhando apenas o fígado. Juntas, elas pesam 4.785 quilogramas. Após o nascimento, as bebês foram encaminhadas à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal. Uma das crianças possui uma cardiopatia cianogênica grave, que precisará ser corrigida. Porém, a cirurgia não é realizada em Goiás.

Em nota, o HMI informou que o estado de saúde das gêmeas é grave, porém estável, e ambas respiram com o auxílio de oxigênio inalatório. Já a mãe, Viviane de Menezes dos Santos, de 30 anos, encontra-se internada na enfermaria da Clínica de Ginecologia e Obstetrícia do HMI. O estado de saúde dela é bom. Não há previsão de alta para as gêmeas assim como não há para a mãe.

Histórico 

O HMI é a única unidade hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) apta a realizar a separação de gêmeos siameses. A primeira aconteceu em 2000, das gêmeas Larissa e Lorrayne, que eram unidas pelo abdômen e pela pelve e compartilhavam rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. A literatura médica mundial indica que, dentre os siameses operados, um em cada cinco sobrevivem à cirurgia. No HMI, esse índice chega a 50%.