CRIME DE 2021

Dupla de servidores públicos e PM viram réus por roubar e agredir vereador de Iporá

Vereador foi agredido e teve seu celular roubado após filmar uma festa clandestina durante a pandemia da Covid-19, a qual o trio acusado participava

Dupla de servidores públicos e PM viram réus por roubar e agredir vereador de Iporá (Foto: Reprodução - Arquivo Pessoal)

O Ministério Público de Goiás (MPGO) ofereceu denúncia contra dois servidores públicos e um policial militar pelo roubo de um celular e um pedestal de filmagem pertencentes ao vereador de Iporá, Moisés Victor da Silva Magalhães. Os acusados são identificados como Cléber Araújo do Nascimento, Darlan Junio Alves Silva Brito e Wagner Rodrigues das Neves.

O crime aconteceu no dia 2 de julho de 2021, nas proximidades da garagem municipal em Iporá. De acordo com a denúncia, o vereador Moisés recebeu uma informação de que ocorria uma festa em desacordo com as regras de prevenção à Covid-19. Ele foi até o local acompanhado de sua mulher e, utilizando uma câmera e um pedestal, começou a filmar o evento por cima do muro.

Com isso, o servidor comissionado Darlan Junio e o policial militar Wagner Rodrigues chegaram em uma caminhonete, acompanhados de um terceiro não identificado. Darlan puxou o vereador e exigiu que ele entregasse a câmera e o celular. Como Moisés não entregou, ele passou a agredi-lo, tirando dele o aparelho que estava no bolso de sua calça. O denunciado também roubou o pedestal de filmagem do parlamentar.

Em meio às agressões, que ganharam o reforço dos outros dois ocupantes da caminhonete, até mesmo tiros foram disparados. Ao ver a movimentação, Cleber Araújo, que estava participando da confraternização, pulou o muro da garagem municipal e também deu chutes e socos contra o vereador, que agravaram as lesões corporais.

A denúncia afirma, inclusive, que os acusados diziam para a esposa de Moisés Victor que ela ficaria viúva. As agressões só cessaram quando os denunciados ouviram a sirene de uma viatura policial. Antes de fugir, no entanto, o trio exigiu que o casal não postasse nada do ocorrido na internet, tampouco relatasse os fatos à polícia. Entretanto, o vereador foi até à delegacia e registrou a ocorrência.

Diante dos fatos, os promotores de Justiça, João Luiz de Morais Vieira e Luís Gustavo Soares Alves, ofereceram a denúncia contra o trio de acusados pelo crime do artigo 157, parágrafo 2ª, inciso II, do Código Penal. Eles pedem as folhas criminais dos denunciados atualizadas e que seja designada audiência de instrução e julgamento para ouvir as testemunhas e acusados do caso.

Por fim, os promotores requerem que seja fixada uma indenização pelos prejuízos decorrentes do delito praticado pelos três denunciados.