Sem acordo, Educação de Goiânia mantém indicativo de greve
A proposta apresentada pela Prefeitura foi considerada insatisfatória

A rede municipal de ensino de Goiânia permanece em estado de mobilização após assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (8), no Cepal do Setor Sul. No encontro, os servidores da Educação analisaram a proposta encaminhada pelo prefeito Sandro Mabel (UB) na tentativa de evitar a deflagração de uma greve.
No entanto, o texto apresentado foi considerado insuficiente pela categoria, que optou por formular uma contraproposta e adiar a decisão final para uma nova assembleia, marcada para o próximo dia 15, mantendo o indicativo de greve.
A proposta da Prefeitura de Goiânia inclui o pagamento da data-base dos servidores administrativos assim que for definido o índice oficial, além da retomada da comissão responsável pela reestruturação do plano de carreira da categoria.
Aos professores, o Paço propôs a recomposição do piso salarial de forma escalonada: 3% em junho, mais 3,27% em setembro, e o pagamento das diferenças referentes aos meses de janeiro a maio parceladas entre outubro e dezembro.
Contudo, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego), que representa a categoria, considerou a proposta aquém das expectativas. A entidade defende a concessão do reajuste do piso em parcela única, com pagamento integral do retroativo, além de avanços concretos na reestruturação do plano de carreira dos administrativos, concessão de progressões e convocação de aprovados no último concurso público.
De acordo com o Sintego, a sinalização do prefeito veio após participação no podcast Mais Goiás Entrevista, na quarta-feira (7), quando Mabel reconheceu distorções na folha de pagamento e afirmou que mais de 1.600 servidores da Educação recebem abaixo do salário mínimo, necessitando de complementação. O prefeito declarou ainda que pretende abrir espaço fiscal para viabilizar um plano de valorização da categoria.