COVID-19

Em live, médico de Anápolis conta sua experiência como paciente grave de Covid-19

O médico, Solon Maia, de Anápolis usou as redes para contar sua experiência como paciente…

Em live, médico de Anápolis conta sua experiência como paciente grave de Covid-19
Foto: Reprodução - Redes Sociais

O médico, Solon Maia, de Anápolis usou as redes para contar sua experiência como paciente crítico da Covid-19. Ele foi infectado no final de 2020, esteve no Hospital Neurológico de Goiânia até ser transferido para o Hospital Sírio Libanês, em Brasília, onde ficou hospitalizado por 80 dias.

Em uma live, deu detalhes de como percebeu o tempo em que esteve na UTI. “Eu tive a sensação de que fechei os olhos por alguns segundos e logo abri, mas na verdade tinha se passado 42 dias”, conta o médico.

Ao Mais Anápolis, dr. Solon disse que o objetivo da transmissão, junto com o nutrólogo, Leandro Marques, era conscientizar sobre a desnutrição dos pacientes em reabilitação da Covid-19.

“Eu perdi 40 quilos durante a minha internação, então é importante contar a minha experiência para que as pessoas conheçam os riscos de longo prazo dessa doença”, contou.

Durante a live, Solon que trabalhou na linha de frente no enfrentamento a Covid-19, durante dois anos, mas no final de 2020 foi contaminado depois de se submeter a uma cirurgia no joelho.

“Eu entubei e reanimei vários pacientes infectados e na minha vez de ser paciente, eu fui contaminado”, relembra. Segundo o médico, em menos de 10 dias os sintomas se agravaram e precisou ser internado em Goiânia .

Ele conta que em seguida, foi transferido para o hospital particular em Brasília onde precisou ser intubado. O profissional lembra que quando acordou ficou paralisado, mas que estava consciente.

“O meu corpo não estava reagindo, mas o meu nível de consciência era 100%. Eu queria perguntar o que tinha acontecido ou o que estava acontecendo, mas não conseguia falar, porque estava traqueostomizado”, ressalta o médico.

De acordo com Maia, com os pulmões comprometidos, foi necessário se submeter à oxigenação mecânica. “Esse tratamento é muito caro e eu fiquei quase 20 dias ligado nesse equipamento, foi R$ 90 mil só essa terapia”, conta o profissional.

O médico lembra emocionado do momento em pode voltar a falar. “A minha voz parecia a de um robô, mas foi uma enxurrada de esperança. Naquele dia eu chorei de felicidade”, conta Maia.