Decisão judicial

Empresa é condenada a indenizar consumidor que encontrou barata em embalagem de azeitonas

Um homem que encontrou uma barata em uma embalagem de conserva de azeitonas ganhou ação…

Um homem que encontrou uma barata em uma embalagem de conserva de azeitonas ganhou ação judicial 5 anos após o incidente. Ele processou a Donana Alimentos Ltda em 16 de maio de 2015, mas a decisão foi homologada nesta segunda-feira (17) pelo o juiz Gustavo Assis Garcia, substituto na comarca de Goiânia. A empresa terá que pagar R$ 2 mil reais por danos morais. A determinação judicial aconteceu após a acusada não ter comparecido na audiência de reconciliação, realizado no ano passado.

A empresa, segundo decisão judicial, alegou que o fato de o homem ter supostamente encontrado uma barata no interior da embalagem não gera dano moral. Alegou-se que não causou dano ao homem e a terceiros porque ele não chegou a consumir o produto contaminado. Nos autos do processo, o reclamante conta que após comprar o produto na sede da empresa e ao fazer uso do produto da conserva, viu que dentro da embalagem havia um corpo de um inseto semelhante ao de uma barata.

“É evidente a exposição a risco nessas circunstâncias, o que necessariamente deve afastar a necessidade de ingestão para o reconhecimento da responsabilidade do fornecedor. Exigir que, para a reparação, houvesse a necessidade de que os consumidores deglutissem tal corpo estranho encontrado no produto parece não encontrar qualquer fundamento na legislação de defesa do consumidor”, pontua a relatora da decisão a Nancy Andrighi.

Após a ação judicial, iniciaram-se as investigações sobre o incidente, com coletas de provas como imagens do frasco e prestamento de depoimentos. O juiz entendeu ao finalizar o recolhimento das provas, a evidência de que a empresa vendeu um produto contaminado, pondo em risco a vida do consumidor e os demais que consumissem as azeitonas. E determinou que a empresa desrespeitou código do consumidor e estipulo uma indenização de R$ 2,000,00 e pagamento dos custos do processo.

O Mais Goiás tentou entrar em contato com números referentes no site da empresa, mas, até às 17h20, não obtivemos respostas da empresa.

*Com informações do TJGO