Falso sequestro

Empresária que estava desaparecida foi vítima do golpe “bença tia”, em Goiânia

A Polícia Civil localizou, na tarde desta sexta-feira (12), em Goiânia, uma empresária de 61…

A Polícia Civil localizou, na tarde desta sexta-feira (12), em Goiânia, uma empresária de 61 anos que estava desaparecida desde ontem. Inicialmente, a suspeita era de que a empresária teria sido sequestrada, mas quando a localizaram, os agentes descobriram que ela e um filho foram vítimas do golpe “bença tia”.

Dona de uma casa de carnes em Goiânia, a empresária havia desaparecido no início da tarde de quinta-feira (11) logo após sair de sua residência, no Setor Vila União. No início da noite, um filho dela que estava de férias no Rio de Janeiro recebeu uma ligação dizendo que a mãe havia sido sequestrada, e que a família precisaria pagar R$ 40 mil pelo resgate.

Assim que começou a investigar o caso, a equipe do Grupo Anti Sequestro (GAS), da Deic, descobriu que a empresária havia feito dois saques de R$ 1.500 cada, em lotéricas de Goiânia na tarde de ontem. Na manhã desta sexta-feira, um novo saque, também de R$ 1.500, foi realizado pela mulher que estava desaparecida em outra lotérica, desta vez, em Aparecida de Goiânia.

No início da tarde, os agentes localizaram a empresária no momento em que tentava sacar R$ 40 mil na boca do caixa em uma agência da Caixa Econômica Federal, na Avenida Anhanguera, no Centro de Goiânia, ocasião em que descobriram que ela estava sendo extorquida via celular por bandidos.

“Primeiro eles ligaram para ela ontem dizendo que uma filha estava sequestrada, mandaram que saísse de casa, orientaram que depositasse R$ 3 mil em uma conta, e depois a obrigaram a dormir em um hotel, sem se comunicar com ninguém. Ao mesmo tempo, os mesmos criminosos ligaram para o filho dela, e afirmaram que a teriam sequestrado, ocasião em que pediram resgate. Ou seja, os marginais aperfeiçoaram o já conhecido “bença tia”, que antes fazia uma só vítima, mas que neste caso agora, também agindo somente pelo telefone, conseguiram prender a atenção, e dar ordens para duas pessoas da mesma família”, relatou o delegado Kleyton Manoel, chefe do GAS, da Deic.

O delegado já descobriu que todos os depósitos foram feitos na conta de um correntista da Caixa Econômica de Belo Horizonte, o que faz com que a polícia acredite que o golpe tenha sido aplicado por condenados que cumprem pena em Minas Gerais. “Mais uma vez fica o alerta, recebeu telefonema dizendo que determinada pessoa foi sequestrada, mantenha a calma, tente falar com alguém da família, mesmo que os criminosos ordenem para que não façam isso, e, principalmente, procurem a polícia”, alertou Kleyton Manoel.