GOIÂNIA

Empresários pedem criação de leitos de UTI para reabrir lojas mais rápido

Empresários e representantes de entidades do setor produtivo de Goiânia querem cobrar de hospitais informações…

O novo decreto da Prefeitura de Goiânia amplia o horário de funcionamento e as vagas de estacionamento de shoppings da capital (Foto: Reprodução)

Empresários e representantes de entidades do setor produtivo de Goiânia querem cobrar de hospitais informações precisas e abertura de novos leitos de enfermaria e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A medida faz parte da estratégia para manter a o plano de reabertura gradual do comércio varejista na Capital. 

A reabertura de shoppings e galerias comerciais, inicialmente autorizada pelo prefeito Iris Rezende (MDB) para acontecer a partir desta segunda-feira (22), foi alvo de ação do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), e acolhida por decisão liminar do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Com isso, ficou impedida a abertura de shoppings, galerias, comércio varejista e de escritórios de profissionais liberais na capital.

O presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi, afirma que as entidades buscam ação para suspensão dos efeitos da liminar ainda nesta segunda-feira (22). Além disso, diz que o segmento faz sua parte e que nenhum comércio irá abrir as portas sem cumprir 100% dos protocolos que estão estabelecidos no decreto municipal. 

“O momento é de voltar às atividades e garantia de emprego. Chamamos para que os hospitais venham participar da responsabilidade e ofertar mais e novos leitos específicos para covid-19. Além de informações precisas sobre a ocupação de leitos”, aponta. 

Insegurança jurídica

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, diz ter recebido com surpresa a determinação da Justiça que impede a retomada do comércio em Goiânia. Ele diz que o setor está há 50 dias mantendo diálogo quase diário com o poder público para uma retomada segura. “São 90 dias de medidas que afetam os micro e pequenos empreendedores, com aumento do desemprego e agora insegurança jurídica”, alerta.

Ele concorda sobre a responsabilização dos hospitais para que haja aumento de leitos e divulgação da ocupação de leitos. “Nosso jurídico está alinhando as estratégias para determinar qual é o melhor caminho que iremos tomar. Mas precisamos ter clareza sobre a ocupação dos leitos, pois desta forma as estratégias de retomada estão sendo prejudicadas”, reforça.

Em nota, o Shopping Flamboyant diz que reitera compromisso de cumprir toda e qualquer determinação por parte das autoridades judiciais, governamentais e de saúde. Neste sentido, “diante da liminar publicada na noite do dia 21 de junho, informa que suspenderá temporariamente sua reabertura até nova decisão, mantendo os serviços de delivery e drive thru”.

O Passeio das Águas Shopping informou, por meio de nota, que permanecerá temporariamente fechado, até que seu funcionamento seja liberado pelos órgãos competentes. “O empreendimento está se preparando para o momento de retomada de suas atividades, adotando um rigoroso protocolo para garantir uma operação zelosa, segura e adequada, de forma a preservar o bem-estar de todos”, diz o comunicado.