REGIÃO METROPOLITANA

Empresários propõem flexibilização das restrições com toque de recolher

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO) e…

Fechamento do comércio: Goiânia diz que vai
Fechamento do comércio: Goiânia diz que vai "falar a mesma língua" do Estado (Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO) e a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) apresentaram nesta terça-feira (2) um conjunto de propostas de flexibilização dos decretos ao prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), e ao prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB). As medidas, se aprovadas, passariam a vigorar no dia 8 de março.

Entre as propostas estão o toque diário de recolher entre as 22h as 5h; o toque de recolher aos finais de semana, entre as 22h de sábado e as 5h de segunda-feira para todo o segmento do comércio e o funcionamento de shoppings centers das 12h às 20h entre segunda-feira e sábado, com reabertura às segundas-feiras ao meio dia, inclusive as praças de alimentação.

As medidas estabelecem, também, o funcionamento da região da Rua 44 entre quartas-feiras e sábados, entre 7h às 15h; e o funcionamento dos bares e restaurantes entre às segundas-feiras e os sábados até as 22 horas. O toque de recolher aos finais de semana não se aplica às farmácias e unidades de saúde da região metropolitana, mas a proposta das federações prevê a inclusão de supermercados na aplicação da medida.

As propostas apresentadas incluem ainda previsão de funcionamento das lojas de conveniência dos postos de combustíveis até as 22 horas, proibindo o consumo de bebidas e alimentos no local; permissão para cultos e missas com o máximo de 30% da capacidade, e até as 22h; autorização para funcionamento das feiras livres, seguindo todos os protocolos estabelecidos pelos órgãos de controle.

Estão, também, entre as medidas a autorização para a utilização de academias e piscinas para prática esportiva em condomínios, com horário marcado e tempo delimitado, observando a ocupação máxima de 30%; funcionamento da construção civil e de sua cadeia de fornecedores, “uma vez que a atividade não gera aglomerações e haverá orientação para protocolos mais rigorosos”.

“O comércio e o setor produtivo industrial são, de forma geral, os maiores geradores de empregos no estado de Goiás, assim como geradores de renda tributária para os municípios. Famílias inteiras dependem do funcionamento das empresas e indústrias”, afirma o documento entregue por Marcelo Baiocchi, presidente da Fecomércio-GO, e Sandro Mabel, presidente da Fieg, aos dois prefeitos.

“Trouxemos aos prefeitos Rogério Cruz e e Gustavo Mendanha as reinvidicações dos setores industrial e do comércio de bens, serviços e turismo para a reabertura, com muita responsabilidade, das atividades econômicas a partir do dia 8 de março” disse o presidente da Fecomércio-GO.

“Foi uma pauta extensa e importante para que, a partir do dia 8, possamos dar sequência ao trabalho. A volta das atividades econômicas depende da responsabilidade de todos nós, na adoção das medidas de prevenção, com uso da máscara facial, respeito ao distanciamento e às medidas de higiene, e, durante o decreto, ficarmos em casa o máximo possível, para que a partir do dia 8, possamos voltar a trabalhar”, disse o presidente da Fieg.

Ao Mais Goiás, a prefeitura de Goiânia disse que não pode dizer se irá adotar ou não as medidas, pois é necessário avaliar os índices de ocupação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e enfermaria. Além da avaliação do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE) municipal.

Já a prefeitura de Aparecida disse em nota que a análise será feita no fim desta semana em reunião com a prefeitura e câmara de Aparecida, bem como com o Ministério Público, Defensoria Pública, OAB e entidades que compõem o Fórum Empresarial de Goiás, como a Associação Comercial e Industrial de Aparecida de Goiânia (Aciag).

Lockdown em Goiânia e Aparecida

O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), assinou decreto que determina a vigência de lockdown na Capital por sete dias, a partir da última segunda-feira (2); Leia aqui.

Segundo o decreto, a medida pode ser revista caso a taxa de ocupação de leitos de UTI permaneça em 70% por cinco dias consecutivos ou caso os indicadores sugiram que a curva de contaminação se estabilizou ou começou a retroceder.

A prefeitura de Aparecida também publicou, na tarde do último sábado (27), portaria para detalhar o funcionamento do lockdown no município a partir de segunda-feira. O texto é praticamente o mesmo que foi publicado na portaria da prefeitura de Goiânia; Leia.