PREFEITURA

Enfermeiro suspeito de engravidar detenta em Aparecida é demitido

Profissionais da secretaria de Saúde de Aparecida foram desligados e policiais penais envolvidos afastados pela DGPP

Detenta que se relacionou com enfermeiro está grávida, diz veículo de comunicação
Detenta que se relacionou com enfermeiro está grávida, diz veículo de comunicação (Foto: DGPP)

Uma das detentas que teria se relacionado com um enfermeiro dentro do posto de saúde da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia estaria grávida, conforme a TV Anhanguera. O suspeito e um médico, ambos cedidos pela secretaria de Saúde do município ao presídio, foram demitidos pela prefeitura e dois policiais penais foram afastados, suspeitos de relações sexuais com presas.

A Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) não confirmou a informação sobre a gravidez, mas disse ao Mais Goiás que uma interna foi transferida para resguardar sua integridade. Conforme a TV, a transferência ocorreu para o presídio de Inhumas. Essa presa disse que se envolveu com o enfermeiro.

O caso foi identificado no último dia 7 de janeiro de 2025, quando a 1ª Coordenação Regional da Polícia Penal recebeu informações sobre a possível irregularidade, mas se tornou público apenas agora. No último dia 8 de janeiro, a Corregedoria Setorial instaurou uma sindicância preliminar para aprofundar as investigações.

Em nota, a DGPP informou que, em 28 de janeiro, determinou o afastamento dos dois servidores prisionais por 180 dias, “bem como o recolhimento das funcionais e porte de arma até a conclusão do Procedimento de Apuração Disciplinar”. E, “ainda, um médico e um enfermeiro, funcionários da Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida, foram proibidos de adentrar em qualquer uma das unidades prisionais da DGPP por tempo indeterminado”.

Ao Mais Goiás, a secretaria de Saúde de Aparecida de Goiânia disse que os dois foram demitidos desde que começaram as investigações. Além disso, reforçou que o caso aconteceu na gestão anterior.

Nota da defesa do enfermeiro

Dr. PETERSON PRADO, defesa constituída pelo enfermeiro investigado, vem a público informar que seu constituinte está absolutamente tranquilo quanto às investigações em curso, confiante de que será cabalmente demonstrado que não houve qualquer conduta que se enquadre como crime. Ressaltamos que o investigado sempre exerceu sua profissão de enfermeiro com ética, respeito e responsabilidade, pautando sua conduta em princípios morais sólidos.
Destacamos que a divulgação ilegal de sua imagem e de informações sigilosas, referentes a um procedimento que tramita sob segredo de justiça, tem o único objetivo de constranger e expor indevidamente o investigado, violando não apenas sua dignidade, mas também a de sua família sendo, portanto, inadmissível que conteúdos da investigação estejam sendo divulgados de forma irresponsável por determinados meios de comunicação.
Tal exposição desrespeita frontalmente o princípio constitucional da presunção de inocência, resultando em uma condenação antecipada pela mídia local e colocando em risco sua integridade física, emocional e a de seus entes queridos. Asseveramos que utilizaremos todos os meios legais para desfazer esta injustiça, inclusive com a responsabilização daqueles que, indevidamente e sem conceder o direito de resposta, maculam sua imagem.
Cumpre salientar que a defesa analisará com rigor os autos do processo, cujo acesso ainda não foi integralmente disponibilizado. É do mais absoluto interesse do investigado que o caso seja apurado de forma profunda e imparcial, motivo pelo qual pugna, com a máxima veemência, pela ampla e completa investigação desses gravíssimos e hediondos fatos.
Reforçamos o compromisso com a verdade e a justiça, certos de que, ao final, a inocência do investigado será plenamente reconhecida.