Esposa de delegado ocupava coordenação de Educação na época em que houve desvio em escolas de Rio Verde
Esquema do qual casal é suspeito de participar teria desviado mais de R$ 2,2 milhões
Com Inglid Martins
Karen de Souza Santos Proto, esposa do delegado Dannilo Ribeiro Proto, ambos investigados pelo Ministério Público de Goiás por suspeita de liderar um esquema que teria desviado mais de R$ 2,2 milhões de dinheiro de escolas estaduais em Rio Verde, era coordenadora regional de Educação do município quando ocorreram as supostas fraudes. A operação ocorreu nesta quinta-feira (21) e, desde 2020, pelo menos 40 contratos sem licitação teriam sido fraudados para beneficiar a empresa do casal, conforme a corporação.
O casal é sócio do Instituto Delta Proto (IDP), que teria sido favorecido em contratos de reforma de escolas, impressão de material didático e até na realização de concurso público da Câmara de Rio Verde. Durante a operação, a Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão e mais 17 de busca e apreensão no município do interior e em Goiânia. O delegado foi preso.
Sobre a Regional de Educação, Karen entrou no cargo em 2019 e ficou, pelo menos, até 2024. O portal solicitou à Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) a data de saída e aguarda retorno. Contudo, informou que apoia integralmente as investigações.
O Mais Goiás também entrou em contato mais cedo com a defesa do casal e do IDP. Em nota, o advogado afirmou que ainda não teve acesso completo aos autos da investigação e, por isso, não pode se manifestar sobre o mérito do caso. “Assim que tivermos conhecimento detalhado do que se trata, será publicada uma nota oficial. É importante deixar claro que a instituição não tem qualquer relação com o caso investigado e segue funcionando normalmente, com aulas e atividades em andamento”, disse o defensor.
Durante esta tarde, houve novo pedido de posicionamento, mas não foi dado retorno.