Esposa de PM morta em acidente deixou Cmei em Goiânia para começar uma nova carreira no interior
"Estava feliz", garante amiga da vítima
A auxiliar de atividades educativas Cybelle Oliveira Ferreira foi uma das cinco pessoas que morreram no acidente em uma colisão frontal na tarde de quinta-feira (25), feriado de Natal, entre Firminópolis e o distrito de Novo Planalto, na GO-164. Ela era esposa do policial militar Robson Luiz Fortuna Filho, de 31 anos, e deixou o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Village Atalaia, em Goiânia, em outubro, para acompanhar e apoiar a carreira do marido em Iporá. Ela é lembrada com muito carinho pelos colegas e também pela comunidade escolar.
Kenia Mara Santos Oliveira é psicopedagoga e conheceu a Cybelle no Cmei há cerca de cinco anos. “Sempre muito carismática e alegre, fomos estreitando os laços de amizade.” Ela lembra que Robson passou no concurso na mesma época que o genro dela. “Sempre falávamos sobre isso e íamos acompanhando as etapas. Ela sempre foi muito companheira do Robson, apostando na vitória dele.”
Segundo Kenia, Cybelle sempre apoiou o marido. “Na despedida do Cmei, ela me abraçou apertado e disse que estava feliz, pois iria morar com o marido no interior. Ela queria continuar a carreira profissional dela lá para apoiar o marido na carreira dele.” Estava nos planos do casal ter filhos, segundo a psicopedagoga.
Direção
A diretora do Cmei Village Atalaia, Anna Paula de Oliveira Canedo, fala com carinho de Cybelle. Ela afirma que a auxiliar era uma profissional “dedicada, competente e responsável” e se destacava na função.
“Sabe aquela pessoa que sempre está pronta para ajudar, para contribuir com o que pode? Então, ela era essa pessoa. Além disso, as crianças gostavam muito dela, ela dava muito carinho e acolhimento para elas e, ao mesmo tempo, sabia como lidar com os momentos mais conflituosos com muito respeito pelos pequenos. Nós tínhamos ótimos momentos de conversas sobre o trabalho, mas também, nesse último ano, frequentemente almoçávamos juntas lá no Cmei, onde ela partilhava assuntos da vida dela e eu também.”
Anna ressalta que a colega era parceira dos colegas de trabalho, se dava bem com o coletivo e estava sempre pronta para ajudar. “Com toda certeza, vou lembrar da sua alegria e do seu sorriso. Ela era uma pessoa que sabia nos alegrar. Seu comprometimento com o trabalho e a responsabilidade que tinha com tudo aquilo que fazia. Ela era uma servidora que fazia a diferença e estava engajada com a educação.”
A diretora diz, ainda, que Cybelle tinha uma paixão por educar. “Sentiremos saudades de ouvir sua risada e encontrar para conversar sobre as nossas vidas, os nossos planos.” A diretora destaca que, apesar de não ter filhos, a auxiliar sonhava em ser mãe. “Seu maior sonho.”
Cybelle tinha formação em pedagogia pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
Cmei e a saudade
O Cmei Village Atalaia lamentou a morte de Cybelle. “Você tinha uma forma única de trabalhar com as nossas crianças, de transformar pequenos momentos em gestos de amor e de fazer com que nossas crianças se sentissem seguras e queridas”, diz trecho da nota. “Sua ausência deixará um silêncio difícil de explicar, mas o que você construiu permanece vivo em nossas lembranças. Permanecem os gestos, as risadas, a dedicação diária e o amor que você espalhou com tanta naturalidade.”
Entre os comentários, a saudade dos colegas e da comunidade escolar. “Sem acreditar em uma tragédia dessas. Uma amiga inesquecível, ficará para sempre em minhas memórias, companheira de trabalho de sorrisos e memórias marcantes”, escreveu uma pessoa.
Uma outra colega disse que Cybelle era “sinônimo de companheirismo. Sabe aquela pessoa que você podia contar, era ela. Ter trabalhado com você foi um grande privilégio, pois sabia com maestria ensinar e cuidar das nossas crianças. A sua partida leva um pouco de nós”.
E ainda: “Uma notícia que parte o coração. Uma pessoa tão alegre, cheia de vida, de sorriso fácil e presença marcante, que se foi cedo demais. Ficam as lembranças, o carinho, o exemplo e o vazio que sua ausência deixa em todos que conviveram com você.”
O velório do casal começou às 10h desta sexta-feira (26) e o enterro ocorreu às 17h no Cemitério Jardim da Paz, em Aparecida de Goiânia.
Acidente
O acidente aconteceu quando o veículo Chevrolet Prisma, em que viajavam os policiais João Paulo Marim Guimarães, de 32 anos, Renato da Silva Duarte, de 32 anos, Robson Luiz Fortuna Filho, de 31 anos, e a esposa dele, Cybelle, colidiu de frente com uma caminhonete VW Amarok. Todos morreram no local.
Na caminhonete, dois homens foram socorridos, mas um deles, identificado como Vanderlan, não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. O segundo ocupante da Amarok permanece internado e não corre risco de morte.
Nota do Cmei Village:
“Querida Cybelle, lembraremos de você com todo o carinho e a doçura que sempre partilhou conosco e com nossas crianças. Sua presença era acolhedora e cheia de alegria.
Nossos corações sentirão uma saudade imensa de você, do seu sorriso fácil e do seu jeito tão gentil de estar com todos.
Você tinha uma forma única de trabalhar com as nossas crianças, de transformar pequenos momentos em gestos de amor e de fazer com que nossas crianças se sentissem seguras e queridas.
Acompanhamos sua trajetória e seus planos, sempre regados de confiança e muita fé no futuro. Sua partida precoce nos ilustra a sua pressa em viver e ver tudo acontecer.
Sua ausência deixará um silêncio difícil de explicar, mas o que você construiu permanece vivo em nossas lembranças. Permanecem os gestos, as risadas, a dedicação diária e o amor que você espalhou com tanta naturalidade.
Você seguirá viva em cada memória compartilhada, em cada cuidado inspirado por você e em cada pedacinho de afeto que deixou marcado em nossos corações. Que Deus conforte sua família e todos nós, e nos dê força para seguir carregando o seu legado de amor, ternura e humanidade.
Com carinho, equipe do Cmei Village Atalaia.“
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