Cidades

Estudantes realizam ato em memória de jovem violentada em UTI de hospital em Goiânia

Estudantes que integram o Centro Acadêmico Livre da Escola de Arquitetura e Urbanismo (Calea), da…

Estudantes que integram o Centro Acadêmico Livre da Escola de Arquitetura e Urbanismo (Calea), da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) organizam um ato em memória da jovem Susy Nogueira, de 21 anos, vítima de estupro durante internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Goiânia Leste (HGL), no Setor Universitário. A mulher morreu no último domingo (26), após ficar 11 dias na unidade. A manifestação está prevista para ocorrer às 18h desta quinta-feira (30), no Teatro de Arena da Instituição.

No convite publicado nas redes sociais do Calea, os alunos pedem para que os manifestantes vistam roupas pretas e levem velas e flores para homenagear a jovem. “Hoje vamos mostras nossa voz e nossa sede de justiça. Vamos apoiar a família dela e lutar para que a justiça seja feita”, diz a publicação. Em outra postagem com as hashtags #naoseraabafado #justiça#umaportodasetodasporuma, os estudantes afirmam que vão se lembrar do sorriso da jovem, e, com ele em memória, não se calarão.

Susy morreu no último domingo (26), em razão de uma “pneumonia hospitalar”, segundo o HGL. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Paula Meotti, da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), a jovem foi estuprada no dia em que deu entrada na unidade, em 16 de maio, pelo técnico de enfermagem Ildson Custódio Bastos, de 41 anos. O suspeito se apresentou de forma espontânea à delegacia e foi preso após expedição de mandado de prisão preventiva pelo juiz Alessandro Manso e Silva, da 7ª Vara Criminal.

Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (29), Paula contou que câmeras de segurança flagraram o momento em que o homem toca a vítima.“As imagens são claras. Ele se aproxima próximo ao leito da vítima, fecha a cortina do leito ao lado e coloca as mãos por debaixo do lençol, na região da genitália da vítima e pratica atos libidinosos. Isso teria começado por volta das 2 horas da manhã e se estendido até após às 3 horas [da manhã]”, destaca Paula.

O inquérito segue em finalização e deve ser remetido para o Judiciário até esta sexta-feira (31). Ildson foi autuado por estupro de vulnerável e, se condenado, poderá pegar de 8 a 15 anos de prisão.