‘Eu pensei que iria morrer’, diz jovem esfaqueada por homem que ‘gosta de matar’

“Eu pensei que iria morrer!” É o que diz que sentiu a jovem, de 18 anos, após ser atacada com uma faca por um homem que diz que “gosta de matar.” O caso aconteceu na tarde desta quinta-feira (21), no Setor Bueno, em Goiânia. O suspeito foi preso em flagrante pelo crime.

A estudante, que pediu para não ser identificada, conta que nunca tinha visto o homem na região, mas afirmou que algumas pessoas disseram que ele já rondava por ali. Ela acredita que era a vítima certa, já que algumas escritas foram encontradas próximo a uma árvore onde ele estava sentado. De acordo com o boletim de ocorrência, essas informações e os materiais foram repassados à mãe da adolescente por uma testemunha.

“Eu vi [as anotações] e nelas continham umas frases violentas e horário de quando eu ia para a escola, para a dança, em que eu saía para passear com o meu cachorro. Além disso, tinha um boneco desenhado com short e blusa e é assim que, na maioria das vezes, eu saio de casa”, destaca. Além disso, algumas frases como “eu gosto de matar!” e até mesmo com viés religioso foram encontradas nos papelões.

A estudante relembrou o ataque. A violência aconteceu no momento em que ela ia para a aula de dança. Ela conta que, ao sair do prédio onde mora, na Rua T-62, ouviu alguém correndo em sua direção. “Foram poucos passos que eu dei e já vi ele correndo. Dei uma encarada nele e ele passou para o outro lado. Quando eu virei, ele já estava ao meu lado, me puxou e me deu a facada”, conta. Apesar do susto, ela ficou ferida apenas de raspão.

A jovem conta que correu após ser atingida e que o homem a seguiu. “Eu gritei por ajuda. Foi quando um homem que estava fazendo caminhada do outro lado da rua me ajudou e correu atrás do cara. Depois, eu soube que ele era tenente”, afirma.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, o homem foi seguido pelo tenente até o Parque Vaca Brava. Antes de chegar ao local, o suspeito tirou o boné e escondeu na mata. O tenente, então, acionou uma viatura. Após ser detido, ele foi encaminhado para a Central de Flagrante. O Mais Goiás tenta o contato com o delegado responsável pelas investigações.

A estudante se diz muito assustada com toda a situação. “Eu lembro que ele falou algumas coisas, mas apenas consegui ouvir a palavra ‘morrer’. Eu pensei que iria morrer naquele momento. Foi tudo muito rápido e apavorante”, pontua.