Família lamenta que padre que abusou de jovem com deficiência em Caldas Novas esteja livre
Familiares disseram que ainda dói falar do assunto

A família do adolescente de 15 anos com deficiência, abusado pelo agora ex-padre Fabiano Santos Gonzaga, em Caldas Novas, disse que está decepcionada por ele ser um homem livre. Em 2017, ele foi condenado a 15 anos de prisão, mas cumpriu 7, sendo solto em 2023.
Ao Metrópoles, os familiares disseram que ainda dói falar do assunto. Fabiano foi expulso da Igreja Católica, conforme noticiou o Mais Goiás na última semana. Ele era pároco em Frutal, Minas Gerais, quando o crime ocorreu, em 4 de junho de 2016, no município goiano. Foi a mesma data em que o Papa Francisco assinou um decreto para instituir bispos por negligência em casos de pedofilia.
Sobre o crime, consta nos autos que o adolescente, que tem deficiência intelectual, estava em uma sauna em um clube de Caldas Novas. O então padre teria se aproximado dele e o beijado na boca, além de tocá-lo nas partes íntimas. Em seguida, teria obrigado o jovem fazer sexo oral nele. Ele negou todas as acusações no processo.
A Arquidiocese de Uberaba informou que ele não foi excomungado, mas “reduzido a um estado laico e não é mais padre”. Ele cumpriu pena na penitenciária em Araxá (MG), deixando o local em 24 de outubro de 2023.
O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa de Fabiano. Caso haja interesse, o espaço segue aberto. À época da reportagem sobre a expulsão dele da igreja, a advogada enviou uma nota de repúdio ao Metrópoles, além de reclamar do uso da imagem e do nome do ex-padre na matéria.