CASO LÁZARO

Fazendeiro detido por auxiliar fuga de Lázaro Barbosa torna-se réu

O fazendeiro Elmi Caeatano Evangelista, preso suspeito de ajudar na fuga de Lázaro Barbosa em…

Elmi Caetano Evangelista
(Foto: Reprodução/TV Globo)

O fazendeiro Elmi Caeatano Evangelista, preso suspeito de ajudar na fuga de Lázaro Barbosa em Cocalzinho de Goiás, tornou-se réu, na noite de terça-feira (6). Segundo a juíza Luciana Oliveira de Almeida Maia, os elementos apontados pela investigação “são suficientes para a instauração do processo penal”, pois indicam a ocorrência do crime. A magistrada também negou o pedido de revogação de prisão preventiva e arquivou o processo contra o caseiro Alain Reis de Santana.

Elmi foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) pelo crime de favorecimento pessoal e por posse ilegal de arma de fogo. Ele é acusado de ajudar Lázaro Barbosa, morto na semana passada após 20 dias de caçada, a fugir da polícia.

A magistrada considerou que não há dúvidas de que os elementos que compõem o procedimentoinvestigatório são suficientes para a instauração do processo penal, “já que indicam, prima facie, a ocorrência de crime”.

Na mesma decisão, a juíza arquiva o processo contra o caseiro Alain Reis de Santana, preso no mesmo dia que o fazendeiro. Ela aponta que o Ministério Público, responsável pela denúncia, não encontrou indícios suficientes de materialidade e autoria.

Prisão

Elmi está preso desde o dia 24 de junho. De acordo com a promotora responsável pelo caso, Gabriela Starling Jorge Vieira de Mello, os indícios são que o fazendeiro ajudou Lázaro pelo menos entre o dia 18 e a data que o agora réu foi preso. Neste período, o homem teria dado guarida, repouso e comida ao serial killer, além ter ajudado ele a se esconder da força-tarefa.

Os policiais começaram a suspeitar da conduta de Elmi porque ele determinou que todos os acessos à fazenda fossem trancados com cadeado durante as buscas. Essa postura foi completamente diferente dos outros fazendeiros da região, que deixavam suas propriedades abertas para facilitar o trabalho da polícia.

No dia 28 de junho, o advogado de Elmi, Ilvan Silva Barbosa, adiantou que seu cliente não é o cabeça de nenhuma organização. Ele também respondeu ao secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, que afirmou em coletiva que o fazendeiro era um “psicopata”. Por telefone, a defesa afirmou que não existe qualquer laudo que justifique o secretário Rodney se referir ao fazendeiro como “psicopata”.