Fazendeiro que fugiu durante próprio júri é preso 8 dias depois em Goiás
Fazendeiro deixou o fórum antes da decisão dos jurados, onde foi condenado por matar o funcionário de fazenda vizinha
O fazendeiro Elizete Pereira de Faria, de 55 anos, foi preso na quarta-feira (03) após passar oito dias foragido, depois de fugir durante o próprio julgamento no Tribunal do Júri de Mutunópolis, região Norte de Goiás. Ele foi condenado a 12 anos de prisão por matar o trabalhador rural Roberto Pereira da Silva durante um tiroteio motivado por disputa de terras entre Mutunópolis e Amaralina, em 2023.
Elizete participou normalmente do início do julgamento, respondeu às perguntas do juiz, da promotoria e dos advogados, descreveu a troca de tiros e confessou ter efetuado o disparo. “Eu saquei, virei e atirei”, disse ele durante o interrogatório. Questionado sobre quem começou o tiroteio, afirmou não saber. Também contou que, após disparar, “pegou a moto e foi embora”.
Apesar de estar presente em toda a fase de depoimentos, o fazendeiro deixou o fórum antes de os jurados se reunirem para votar. Com a fuga, ele não ouviu a sentença. Assim que a condenação foi anunciada, o juiz determinou a prisão imediata, mas Elizete já havia desaparecido.
A polícia informou que ele permaneceu foragido por oito dias até ser localizado na mesma cidade e levado ao presídio de Porangatu, onde cumpre pena em regime fechado.
O advogado de Elizete afirmou que o cliente deixou o plenário por conta própria e alegou ter saído para resolver questões na fazenda antes de se apresentar. Segundo a defesa, “ele queria organizar a propriedade rural” e só conversou com os advogados para falar que estava pronto para se entregar.
Na época do crime, o fazendeiro chegou a ser preso, mas respondia ao processo em liberdade. A arma usada no crime e a moto da fuga foram apreendidas.
