REVEZAMENTO

Feiras livres e especiais só poderão funcionar com 50% das bancas em Goiânia

A partir da próxima terça-feira (21), as feiras especiais estão autorizadas a funcionar em Goiânia.…

As feiras livres e especiais terão de fazer revezamento dos feirantes, pois os locais só poderão funcionar com 50% do total das bancas. (Foto: Alex Malheiros)

A partir da próxima terça-feira (21), as feiras especiais estão autorizadas a funcionar em Goiânia. Para isso, no entanto, terão de seguir uma série de recomendações para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Entre as determinações a serem cumpridas está o revezamento dos feirantes, isso porque os locais só poderão funcionar com 50% do quantitativo total das bancas. Medida também é válida para feiras livres.

Segundo expõe Walisson Moreira, titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), o revezamento vai ocorrer em razão da necessidade de distanciamento de, no mínimo, 2 metros entre as bancas. “Diante dessa demanda, temos duas opções. A primeira seria aumentar o espaço das feiras, o que é inviável no momento. A segunda é o revezamento, opção que acatamos. Neste caso, um grupo funciona em uma semana e o outro funciona na próxima”, afirmou.

O revezamento será feito de acordo com o número da banca. Aquelas que terminarem com número ímpar poderão funcionar já na próxima terça-feira (21). As de número par, por sua vez, estão autorizadas para a semana seguinte.

Além disso, as 151 feiras existentes – 33 especiais e 118 livres – terão de disponibilizar álcool em gel 70% para trabalhadores e clientes; desinfetar objetos que forem compartilhados; disponibilizar lixeiras com tampa e pedal. O uso de máscara de proteção é obrigatório para todos e, caso haja troco em dinheiro, a recomendação é para que a cédula e/ou moeda sejam entregues em um saco plástico.

Fica proibido o consumo de alimentos em pé e as mesas só podem ter 4 pessoas, no máximo. Os talheres devem ser de plástico e os temperos e condimentos em sachês.

Fiscalização

De acordo com Walisson Moreira, todas as feiras serão fiscalizadas e terão a presença de um supervisor da Sedetec, responsável por verificar se os feirantes estão cumprindo ou não as determinações. Ele ressalta que a pasta vai trabalhar no sentido de orientar os trabalhadores para não haver a necessidade de multa.

“Primeiro tentaremos o diálogo, mas vamos interditar aquelas feiras que estiverem descumprindo os protocolos de forma generalizada, ou seja, vários feirantes desrespeitando as determinações. Nossa intenção não é multar. Vamos notificar e conversar, mas se as pessoas insistirem não haverá outra alternativa”, disse.

O secretário afirmou, ainda, que a Prefeitura de Goiânia tem determinado as medidas para que o segmento não seja proibido de funcionar futuramente. “Os feirantes são os que mais sofreram. Nosso esforço hoje é para voltar e não parar novamente. Para isso contamos com o apoio e conscientização dos trabalhadores”, concluiu.

Outro lado

Ao Mais Goiás, o presidente da Associação de Feirantes da Feira Hippie, Valdivino da Silva, disse que os trabalhadores já estão se preparando para o retorno. Apesar disso, ele ressalta que os feirantes veem com preocupação o revezamento.

“O escalonamento não funciona no caso da Feira Hippie, pois ela é muito grande. No lugar desse revezamento, propomos colocar plásticos cristal em volta das bancas. Ficaria tipo um balcão, com tudo tampado com o plástico transparente”, explica.

Ele afirma, ainda, que haverá queda dos feirantes no local, já que há muitos do grupo de risco e outros que não querem montar as bancas mesmo com a autorização. “Inicialmente vai ter somente 66% dos feirantes e essa queda é normal. Vamos aguardar a resposta para nossa proposta de manter as bancas com plástico. Estamos confiantes com esse retorno”.