PIRÂMIDE

Foragido da Interpol é preso em Goiânia suspeito de fraude milionária na África do Sul

Um sul-africano acusado de aplicar golpe com criptomoedas foi preso em Goiânia, na quarta-feira (29),…

Foragido da Interpol é preso em Goiânia suspeito de fraude milionária na África do Sul (Foto: Reprodução - Youtube)

Um sul-africano acusado de aplicar golpe com criptomoedas foi preso em Goiânia, na quarta-feira (29), após abordagem da Polícia Militar com informações da Polícia Federal e Interpol. Johann Steynberg fugiu da África do Sul com investimentos de pelo menos 150 mil pessoas após aplicar um esquema de pirâmide de criptmoedas. A fraude pode chegar a R$ 5 bilhões.

Johann Steynberg foi encontrado em Goiânia após ação do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro) da Polícia Militar de Goiás. Conforme explica o capitão Andrade, a corporação teve ciência de um homem que estaria apresentando documentos falsos na capital. Assim, fez a abordagem e o entregou para a Polícia Federal ciente da suspeita de que o sul-africano foragido estaria em Goiânia.

Com ele, a polícia encontrou duas identidades falsas, dois laptops, um celular, além de seis cartões de crédito.

Procurado pela Interpol prometia lucros de 10% em investimentos de criptomoedas

Segundo as investigações, o sul-africano prometia, através da empresa Mirror Trading International (MTI), lucros aos clientes de até 10%. Com isso, conseguiu captar investimentos vultuosos de diversas pessoas na África do Sul. Para isso, os investidores tinham que depositar no mínimo US$ 100.

No entanto, desde pelo menos setembro, os clientes relatavam que não conseguiam mais realizar os saques. Assim, a empresa passou a ser investigada pela polícia do país africano.

A polícia aponta que o fundador da empresa está foragido desde 14 de dezembro, de Doha, capital do Catar. A estimativa é que a suposta pirâmide tenha movimentado cerca de 16.444 bitcoins. Johann Steynberg teria em sua posse pelo menos 22 mil bitcoins.

Segundo a Financial Sector Conduct Authority (FSCA), órgão fiscalizador da África do Sul, a empresa não teve um dia sequer de lucro e teria perdido 80% dos bitcoins captados.