Forças de segurança preparam ação para reduzir casos de violência contra mulher em Goiás
Operação articulada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública quer levar atendimento e orientações até mesmo em cidades que não possuem delegacias e batalhões especializados

Nos próximos 26 dias, todas as forças de segurança de Goiás estarão trabalhando juntas para tentar reduzir os casos de violência contra a mulher em nosso estado. Articulada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério das Mulheres, e Secretaria Nacional de Segurança Pública, a ação tem como propósito realizar ações preventivas, educativas e repressivas até mesmo em localidades que não contam com delegacias, ou batalhões especializados no atendimento à mulher.
Em Goiás, o trabalho contará com a participação de policiais civis, militares, bombeiros, e guardas civis. “O foco é garantir que nenhuma mulher seja vítima de violência, mas também que, caso isso aconteça, que o agressor seja identificado, preso, e garantir que ele não retorne ao lar, nem ao convívio da vítima, o que impedirá novos casos de feminicídio”, destacou o coronel Evenir Franco, superintendente de ações e operações integradas da Secretaria da Segurança Pública de Goiás.
Atualmente, segundo o coronel, o Batalhão Maria da Penha acompanha, diariamente, somente em Goiânia, 150 mulheres que foram vítimas de violência doméstica. A ação que começa hoje, segundo a delgada Ana Elisa Borges, titular da Delegacia Estadual de Atendimento à Mulher, Ana Elisa Gomes, também tem como propósito, além de fortalecer a união entre as forças de segurança, agilizar as investigações, e a conclusão de inquéritos.
Bombeiros ficarão responsáveis por ministrar palestras em escolas
Antes mesmo do início da operação que começou hoje, 50 militares do Corpo de Bombeiros de Goiás passaram, no início do mês, por um treinamento com colegas do Distrito Federal. A partir de agora, estes militares, além de se tornarem multiplicadores para outros bombeiros, também ministração palestras em escolas de Goiás, para ajudar crianças e adolescentes a identificar, e denunciar casos de violência contra a mulher que porventura venham a presenciar.
Os ensinamentos também já foram repassados a bombeiros que atendem os pedidos de ajuda pelo 193, e as equipes que realizam atendimentos de feridos nas ruas. “É importante que o bombeiro que está do outro lado da linha perceba quando uma mulher quer dizer algo, mas não pode falar claramente que está sendo vítima de violência, por isso estamos treinando nosso pessoal, para que identifiquem quando algo errado estiver acontecendo, e acionem a polícia”, destacou a major bombeiro Joyce.
Para garantir o sucesso da operação, o Ministério da Justiça e Segurança Pública disponibilizou R$ 2 milhões aos estados. O valor poderá ser aplicado em horas extras, e no deslocamento, e diárias de pessoal para localidades onde não existem delegacias e batalhões especializados no atendimento a casos de violência contra a mulher.