Fluxo Livre

Free Flow: como funcionará o pedágio eletrônico nas BRs 060 e 452, em Goiás

Quem não tiver TAG deve pagar a tarifa em até 30 dias para evitar multa

Imagem ilustrativa
Pórticos instalados sobre a estrada abrigam câmeras e sensores para leitura dos veículos (foto: Divulgação/EcoNoroeste)

A partir de abril de 2026, pelo menos sete pontos das BRs 060 e 452, que ligam Goiânia a Rio Verde e Itumbiara, passarão a adotar o sistema de pedágio Free Flow (fluxo livre), sob gestão da concessionária Rota Verde Goiás. O Free Flow permite que os veículos passem pelos pórticos sem parar, com a cobrança feita eletronicamente, por meio da placa do veículo ou de uma etiqueta eletrônica (TAG) fixada no para-brisa.

O sistema de cobrança sem cancela, começou a ser implementado no Brasil após a sanção da Lei nº 14.157/21, em 2021. Os primeiros testes e operação comercial ocorreram em março de 2023, na BR-101 Rio-Santos, no Rio de Janeiro. Outros projetos-piloto ocorreram na BR-381 (MG) e em rodovias do Paraná e São Paulo.

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Pioneiro em Goiás, o sistema Free Flow só começará a valer no ano que vem, mas funcionará de forma semelhante em todas as concessionárias que já adotaram a tecnologia. Alguns quilômetros antes do pedágio, os motoristas serão avisados por placas e sinalização na pista, garantindo tempo para se preparar para a passagem com identificação e cobrança eletrônica.

Mapa dos trechos que a Rota Verde Goiás irá atuar
Mapa dos trechos de direito de concessão da empresa (Foto: Rota Verde Goiás)

Como funciona o pedágio Free Flow

O sistema utiliza equipamentos integrados para registrar os veículos e processar a tarifa automaticamente. Os pórticos (arcos tecnológicos), estruturas metálicas instaladas sobre a estrada que sustentam equipamentos de monitoramento, abrigam câmeras e sensores que fazem a leitura dos veículos. Os sensores identificam o tipo de veículo — carro de passeio, caminhão ou outro — e registram movimento e peso sobre a pista.

Os motoristas que usam com mais frequência esses trechos, também terão a opção de adquirir adesivos eletrônicos (tags), que são colocados no para-brisa, eles usam tecnologia de radiofrequência para se comunicar com os pórticos, facilitando a cobrança automática. Todas essas informações são processadas pelo software de gestão, que registra a passagem e controla a tarifa.

Os veículos poderão ser identificados de duas maneiras:

  • Etiqueta eletrônica (TAG): o usuário adquire o dispositivo e paga automaticamente o pedágio, podendo receber descontos conforme a frequência de uso.
  • Leitura da placa: quem não tiver TAG deverá pagar a tarifa junto à concessionária em até 30 dias após a passagem. Caso não regularize o pagamento, a infração é considerada evasão de pedágio, sujeita a multa de R$ 195,23, conforme o Código de Trânsito Brasileiro.

Segundo informações do Rota Verde Goiás, quem usar frequentemente os trechos de cobrança poderá, em breve, cadastrar sua placa, permitindo que a tarifa seja cobrada automaticamente pela leitura da placa ou do adesivo eletrônico (TAG).

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