3 ANOS SEM AUMENTO

Frentistas iniciam greve e cobram reajuste salarial de 21,42% em Goiás

De acordo com a categoria, aumento salarial não ocorre desde 2020

Frentistas de Goiás iniciaram, nesta segunda-feira (12), greve da categoria em razão da falta de reajuste salarial. De acordo com o Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Sinpospetro-GO), os trabalhadores da área estão sem aumento há quase 3 anos. Segundo a entidade, o movimento grevista não tem previsão de término.

Ao Mais Goiás, o gerente do Sinpospetro, Carlos Pereira, disse que a categoria está sem acordo coletivo de trabalho desde 2020, quando a última convenção da classe venceu. Desde então, segundo o sindicalista, a entidade tenta negociar uma nova convenção com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindiposto-GO), mas sem sucesso.

“O Sinpospetro já tentou inúmeras vezes, inclusive junto ao Ministério Público e Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O Sindiposto fala que a proposta é zero, que não vão aceitar o pedido de aumento”, disse.

Segundo Carlos Pereira, atualmente há cerca de 4,5 mil frentistas em Goiás, que recebem salário mínimo há quase 3 anos. “Nossa proposta é um reajuste de 21%, um percentual acumulado entre os anos de 2020 e 2022. Além disso, pedimos um aumento no valor pago pela cesta básica, assim como manutenção de benefícios, como plano odontológico”, afirmou.

Greve por tempo indeterminado

À reportagem, o gerente do Sinpospetro informou que a entidade espera a adesão da maioria dos trabalhadores da categoria. A paralisação pode atingir mais de mil postos de combustível.

A greve, segundo ele, não tem previsão de término. “O TRT determinou que não vai aceitar o dissídio (acordo de trabalho coletivo) porque não houve acordo entre os sindicatos patronal e de empregados. Assim, só vamos conseguir o reconhecimento do órgão com a greve. Nosso movimento segue até conseguirmos o reajuste”, finalizou.

Sindiposto

O Sindiposto emitiu nota:

“O Sindiposto informa que os últimos anos foram de especial dificuldade para o setor, não sendo possível chegar a um acordo dentro da proposta colocada pelos trabalhadores. No entanto, os empresários do setor têm concedido reajustes voluntários, mantendo e aprimorando os benefícios aos seus colaboradores, conforme as possibilidades de cada empresa. Em que pese as dificuldades impostas pela pandemia e aumentos constantes dos preços que afetaram diretamente o volume de vendas, o sindicato da categoria se mostrou intransigente quanto às propostas apresentadas pelos revendedores.”

*Atualizado com nota do Sindiposto às 15h desta segunda-feira (12).