INVESTIGAÇÃO

Garoto de programa suspeito de matar arquiteto em Goiânia é indiciado e inquérito remetido à Justiça

Segundo a Polícia Civil, suspeito utilizou o corpo da vítima para reconhecimento facial em um aplicativo de banco

Garoto de programa suspeito de matar arquiteto em Goiânia é indiciado e inquérito remetido à Justiça
Garoto de programa suspeito de matar arquiteto em Goiânia é indiciado e inquérito remetido à Justiça (Foto: Polícia Civil)

José Henrique Aguiar Soares, garoto de programa de 22 anos suspeito de matar o arquiteto e urbanista Roberto Paiva, de 64 anos, em Goiânia, foi indiciado pela Polícia Civil e teve o inquérito enviado ao Poder Judiciário na última sexta (29). É preciso dizer, o suspeito utilizou o corpo da vítima para reconhecimento facial em um aplicativo de banco.

O homem foi indiciado por latrocínio, quando o suspeito mata a vítima para roubá-la, e fraude processual por ter tentado simular o suicídio do arquiteto. As penas combinadas podem chegar a 33 anos. Sobre a morte da vítima, além de enforcado, ele também pode ter sido envenenado. É necessário, todavia, o resultado de perícias.

A Defensoria Pública de Goiás (DPEGO), que representou José na audiência de custódia, não deu mais detalhes ao Mais Goiás, pois o caso segue em segredo de Justiça. A DPE também não revelou se o suspeito segue preso ou foi liberado.

“A Defensoria Pública do Estado de Goiás atuou na audiência de custódia de José Henrique Aguiar Soares e foi habilitada para atuar no processo criminal. Como o processo corre em segredo de justiça, não é possível dar mais informações sobre o seu andamento”, disse em nota.

Caso

Segundo a polícia, o latrocínio (roubo seguido de morte) foi praticado durante a madrugada de 25 de setembro, no apartamento do arquiteto, no Setor Oeste, e, na manhã seguinte, João Henrique Aguiar fez compras com cartões da vítima em um camelódromo de Campinas. Os itens adquiridos e bens subtraídos da casa da vítima foram recuperados na casa do suspeito, no Jardim das Esmeraldas, em Goiânia.

O delegado Daniel Oliveira, responsável pelo caso, detalha que o autor gastou R$ 3.198,27 com o cartão de crédito da vítima. Ele tentou passar mais R$ 7.494 no crédito (transações recusadas pelo banco) e também fazer transferências de PIX e TED, entre as 00:33:36 e 10:41:42 do dia 25, no valor de R$ 66.050,00. O destino era uma conta bancária em nome dele.

Ele foi flagrado por câmeras de segurança em uma das lojas do camelódromo de Campinas fazendo compras.