Carnaval 2018

Gato Pingado diverte foliões ao som de marchinhas no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia

Milhares de foliões que resolveram passar o carnaval em Goiânia se divertiram no bloco Gato…

Milhares de foliões que resolveram passar o carnaval em Goiânia se divertiram no bloco Gato Pingado, em Goiânia, na tarde desta segunda-feira (12). Cerca de 4 mil pessoas, segundo a organização do evento, estiveram presentes no local e foram animados ao som de marchinhas, funk e muito samba.

A concentração aconteceu na Avenida Circular, no Setor Pedro Ludovico. De acordo com presidente do bloco, Paulo de Társio, o Gato Pingado é um dos mais tradicionais de Goiânia e está há 11 anos levando alegria ao moradores da região. “A diferença do bloco é que realmente é um carnaval de rua. Fazemos um percurso de ida e volta pela Avenida T-63 e oferecemos ainda um atração no local da concentração. Sempre com artistas do setor”, conta.

A ideia do bloco se deu pelo coronel Villarim, morador do setor e que faleceu em 2009. Desde então, Paulo, junto com outras pessoas, mantiveram a tradição e todo ano realizam a festa animando pessoas de todas as idades. “Ele era morador do Rio de Janeiro e mudou-se para Goiânia e teve a ideia de criar o bloco. Conta com esse nome, pois muitas pessoas viajavam e ficavam umas meia dúzias de ‘gatos pingados’ na cidade”, explica Paulo.

A participação no bloco é gratuita e apenas o abadá é vendido por R$ 15, mas a sua compra não é obrigatória.”É muito amor envolvido. A gente faz pela tradição que já se formou e por ver as pessoas alegres, se divertindo. Isso não tem preço!”, relata

Paulo de Társio (direita) conta que a tradição do bloco se estende há 11 anos (Foto: Barbara Carvalho/Mais Goiás)

Primeira vez no carnaval goianiense, o aposentado Afonso Gomes, de 65 anos, chamou a atenção de todos com a escolha de sua fantasia. Usando o visual do personagem Chaves, ele conta que gostou do bloco, apesar de vir de um dos destinos mais cobiçados neste época do ano. “Mudei do Rio para cá há três anos. Ano passado eu passei lá, mas gostei bastante da folia daqui. Fui sábado no Mercado da 74 e achei bem divertido. A ideia que tinha sobre aqui não ter festa caiu por terra”, destaca.

Afonso e sua esposa, Clau, vieram de Chaves e Bruxa do 71 (Foto: João Paulo Alexandre/Mais Goiás)

Nascida em Goiânia e moradora do Setor Pedro Ludovico, Mirian Max, de 50 anos, é compositora e cantora e está há oito anos a frente do bloco. Ela explica a sensação sobre estar em cima de um trio. “É uma felicidade sem tamanho. Não trabalhamos com fins lucrativos. Trabalhamos por amor ao bairro e ao carnaval. Precisamos de mais incentivo, porque a energia para a festa o povo goianiense já tem”, dispara.

Preta, de 58 anos, está desde o início da criação do Gato Pingado e a porta-bandeira do bloco. Ela conta que evoluiu muito desde o início para os dias atuais, mas que as pessoas têm que conhecer e participar para a festa crescer ainda mais. “Estamos aqui para trazer uma alegria para o povo. Somos conhecidas e quando chegamos na comunidade é uma felicidade só. Já cantei com a Alcione aqui em Goiânia e ela me deixou super à vontade, como se estivesse tocando em um barzinho. Essa liberdade e alegria que quero que as pessoas conheçam e leve o bloco a desenvolver ainda mais”, relata.

Mirian Max (à direita), Preta (à esquerda) e Claudia Lisita (centro) animaram os foliões do Gato Pingado (Foto: João Paulo Alexandre/ Mais Goiás)