Emergência controlada

Veículos do Samu e Bombeiros terão que ser liberados até 20 minutos após deixar pacientes

Caso o prazo de 20 minutos não seja cumprido, serão aplicadas sanções éticas e legais aos profissionais responsáveis

A imagem mostra uma unidade do Samu com um socorrista retirando uma maca do interior do veículo
Medida abrange unidades estaduais e municipais de saúde em Goiás (Reprodução SAMU)

Veículos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros devem ser liberados em até 20 minutos após deixarem pacientes nos hospitais de Goiás, conforme portaria publicada no Diário Oficial do Estado de Goiás na terça-feira (7/1). A medida, válida para unidades estaduais e municipais, visa otimizar o fluxo de atendimento em urgências e emergências, evitando retenções desnecessárias das viaturas de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES).

Segundo a portaria, as unidades de saúde são responsáveis por realizar o acolhimento imediato dos pacientes trazidos pelas ambulâncias e organizar o fluxo interno de atendimento, como o encaminhamento para exames e procedimentos. A equipe do Samu ou dos Bombeiros que transporta o paciente não deve ser responsabilizada pelo processo intra-hospitalar.

O secretário estadual de Saúde, Rassível dos Reis, destacou que, além da falta de macas, problemas no fluxo interno das unidades têm contribuído para o atraso na liberação das ambulâncias. Ele também afirmou que será implementada uma Central de Macas, com equipamentos extras, para garantir que as ambulâncias não fiquem paradas devido à falta de recursos.

A portaria prevê ainda medidas de fiscalização rigorosa. Caso o prazo de 20 minutos não seja cumprido, serão aplicadas sanções éticas e legais aos profissionais responsáveis, conforme o Conselho Federal de Medicina. A medida é um desdobramento de uma lei municipal promulgada em Goiânia em 2024, que já havia apontado a necessidade de regularizar o tempo de espera, embora sem especificar prazos.

De acordo com o secretário, a regulamentação é parte das ações do gabinete de crise na saúde, que busca melhorar a eficiência do atendimento e evitar gargalos no sistema de urgência e emergência. A expectativa é de que a portaria reduza significativamente o tempo de espera das ambulâncias nos hospitais, contribuindo para salvar vidas e otimizar o uso dos veículos de emergência.