"BRINCADEIRA"

Goiânia: acusada de matar o namorado com tiro na cabeça durante “roleta russa” vai a júri popular

A cuidadora de crianças Erica Sousa Silva, acusada de matar o namorado com um tiro…

A cuidadora de crianças Erica Sousa, acusada de matar o namorado com um tiro na cabeça durante jogo de “roleta russa”, vai a Júri Popular. (Foto: Divulgação - Polícia Militar)
A cuidadora de crianças Erica Sousa, acusada de matar o namorado com um tiro na cabeça durante jogo de “roleta russa”, vai a Júri Popular. (Foto: Divulgação - Polícia Militar)

A cuidadora de crianças Erica Sousa Silva, acusada de matar o namorado com um tiro na cabeça durante jogo de “roleta russa”, vai a Júri Popular. O crime ocorreu em fevereiro de 2022, no Setor Jardim Novo Mundo, em Goiânia. A denúncia pelo crime de homicídio praticado por motivo fútil foi aceita pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, no início da semana.

Conforme consta nos autos, a denunciada, de 21 anos, ingeria bebida alcoólica juntamente com o namorado Fábio Ricardo Pereira Pinto, no dia 19 de fevereiro deste ano. Em determinado momento, o homem sugeriu que o casal brincasse de “roleta russa”.

A “brincadeira” consiste em deixar uma única bala no tambor de um revólver, posicionar esta arma contra si próprio ou contra outra pessoa, e apertar o gatilho sem saber se a bala será disparada ou não.

Minutos depois de propor a brincadeira, Fábio realizou o primeiro disparo em direção à namorada. Não houve disparo. Na sequência, entregou a arma para Erica.

A acusada, então, apontou a arma para Fábio, puxou o gatilho e desferiu um disparo fatal, a curta distância. O tiro foi efetuado na cabeça da vítima, na região medial do olho esquerdo, conforme Laudo de Exame Cadavérico.

Motivo fútil

Para o Ministério Público de Goiás (MP-GO), ao acionar o gatilho contra a cabeça da vítima, sabendo que poderia causar resultado, a denunciada assumiu o risco de matar Fábio Ricardo Pereira Pinto, o que veio efetivamente a ocorrer.

Na denúncia, o órgão ressaltou ainda que o crime foi praticado por motivo fútil, qual seja mera brincadeira.