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Goiânia Contra o Aedes: aplicativo ajuda a denunciar criadouros do mosquito

A Prefeitura de Goiânia, em parceria com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP),…

A Prefeitura de Goiânia, em parceria com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP), desenvolveu um aplicativo de denúncias para facilitar a ação dos agentes de saúde no combate ao mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. Segundo Gildo de Paula, diretor de Vigilância em Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, com a chegada do período chuvoso, o número de focos de procriação do mosquito Aedes Aegypti, aumenta na capital. Só este ano, 26.148 casos de dengue já foram notificados na cidade.

“É necessário eliminar o mais rápido possível a quantidade de mosquito que tem hoje em Goiânia. Ele causa a dengue, a zika e a chikungunya. Precisamos alertar a população que Goiânia enfrenta, hoje, um momento muito sério de aumento na quantidade casos de focos. Muitas pessoas estão doentes e o vírus contraído foi dengue tipo 2, um dos mais agressivos. Por isso é muito importante que a população nos ajude realizando a denúncia no aplicativo”, alerta.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS), o objetivo do “Goiânia Contra o Aedes” é ampliar o controle do mosquitoA plataforma digital pode ser baixada gratuitamente no celular e está disponível para Android e iOS. O sistema funciona como uma forma de registrar possíveis focos do mosquito e apresenta a prefeitura as áreas com maior demanda de atendimento. No aplicativo, o denunciante insere o endereço do local, além de fotos e informações adicionais. Após apuração da denúncia, o morador recebe pelo app um feedback da secretaria  com tudo o que foi realizado pelos agentes. Todo o processo pode ser acompanhado pelo usuário através do próprio aplicativo.

Segundo informações da SMS,  78 demandas já foram atendidas após denúncias realizadas no Goiânia Contra o Aedes. O diretor conta que qualquer usuário pode denunciar e coletar informações de focos do mosquito e se torna um fiscal. Essa seria mais uma estratégia utilizada para intensificar as ações em locais de maior incidência do mosquito.

“Recebemos quase 80 denúncias. Este ainda é um número muito baixo se analisarmos e compararmos a quantidade de casas, moradores e focos em Goiânia.  A expectativa da secretaria é conseguir ir nesses pontos, resolver o problema e conscientizar a população sobre a importância de atuar também como um agente fiscal “, explica o diretor.

Segundo informações da pasta, no ano passado cerca de 1.691 casos foram denunciados pelo Disk Aedes. Já em 2018, até o mês de outubro, apenas 955 denúncias foram registradas pela população. Já a ouvidoria atendeu 122 solicitações no ano anterior e 81 casos  até outubro do ano vigente. Isso mostra uma baixa procura da população por esses meios. Gildo ressalta a importância da participação da população.

“Precisamos do apoio da população para identificar e eliminar criadouros. A melhor maneira de se prevenir as doenças ainda é combatendo o mosquito.Os meios de comunicação disponíveis aproximam o poder público da comunidade para juntos controlarem o mosquito”, ressalta

A SMS informa que mantém outros dois canais de comunicação para controle da proliferação do mosquito. Além do aplicativo, a comunidade goianiense também pode ajudar no combate denunciando locais com possíveis criadouros pelo Disk Aedes (através do número 3524-3131 e 3524-3125) e da Ouvidoria da saúde pelo telefone 0800 646 1510.

Dicas

Gildo de Paula, diretor de Vigilância em Zoonoses da SMS diz que o tipo de criadouro mais encontrado por agentes são aqueles localizados dentro dos imóveis. Buracos no chão, tanques, caixas d’água e pneus velhos estão entre os maiores vilões.

“É necessário tampar as caixas d’água com a tampa adequada; Realizar o tratamento correto da água das piscinas; sempre colocar os pneus em locais cobertos; observar o quintal para evitar o acumulo de objetos que possam acumular água; lavar pelo menos uma vez por semana ou preencher com areia os pratinhos de plantas. Um dos nossos maiores problemas também tem sido as calhas. Nesta época a gente tem tomar cuidado com o acumulo da água”, alerta.

*Thaynara da Cunha é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo