“Goiânia não é parque de diversões”, diz Mabel sobre tornozeleiras
Depois de receber críticas por declarar que, em Goiânia, desempregados com tornozeleira eletrônica voltariam para prisão, o…
Depois de receber críticas por declarar que, em Goiânia, desempregados com tornozeleira eletrônica voltariam para prisão, o prefeito Sandro Mabel (UB) suavizou o tom do discurso nesta semana. Sem mencionar a questão da empregabilidade, ele afirmou na manhã desta quarta-feira (22/10) que a prefeitura vai “ajudar na fiscalização” de condenados, atuando parceria com a Polícia Penal. Apesar do recuo, reforçou que a “cidade não é um parque de diversões”, em franca referência ao que chamou de adequado cumprimento de pena por parte de reeducandos.
“Temos a obrigação de manter a cidade em ordem. A Polícia Penal tem a obrigação de controlar a execução da pena. Então nós estamos nos juntando à Polícia Penal e verificando as pessoas que estão fora do que a pena determina. Ele ter tornozeleira não quer dizer que pode ficar passeando na cidade dia e noite”, disse o prefeito.
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Fiscalização de monitorados por tornozeleira
Apesar de destacar que alguns monitorados têm autorização judicial para circular em determinados horários, Mabel reforçou que a prefeitura vai atuar ativamente na checagem dessas condições. “A pessoa precisa andar com assentamento, que é o documento que o juiz dá e que permite circular até determinado horário. Se estiverem fora do que a pena prevê, vamos fazer a apreensão junto com a Polícia Penal.”
O prefeito também criticou monitorados que frequentam bares e espaços públicos durante a noite. “Não é porque a pessoa está de tornozeleira que deve achar que a cidade é um parque de diversões. Ele está cumprindo uma pena e deve fazer isso dentro da lei. Nós não vamos deixar essas pessoas que ficam em bares tomando bebida à noite. (…) Nós vamos botar ordem nessa cidade, aqui não é lugar de confusão”, afirmou.
Mudou o discurso
Conforme mostrado pela reportagem do Mais Goiás, no último domingo (19/10) o prefeito de Goiânia anunciou que o desemprego de pessoas com tornozeleira eletrônica poderia levar monitorados de volta à prisão. A decisão, segundo ele, foi tomada após uma conversa com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB). “Não faz sentido que essas pessoas fiquem pelas ruas sem nenhuma ocupação”, afirmou o prefeito em vídeo que gerou ampla repercussão nas redes sociais.
Logo no início da gravação, Mabel reconheceu a polêmica da medida, mas afirma querer esclarecer o assunto antes de “qualquer distorção”. Ele explica que o objetivo é reforçar a segurança na cidade, já que, em sua avaliação, o desemprego entre monitorados interfere diretamente na segurança da cidade.
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