Goiânia recebe ato nacional de combate à escalada da violência contra as mulheres
Manifestação começa a partir das 15h na Praça Universitária
Goiânia é uma das capitais que receberá, no domingo (7), um ato nacional que reafirma a urgência de políticas efetivas de prevenção e proteção às mulheres. A manifestação, que no município goiano será na Praça Universitária, a partir das 15h, é uma resposta diante da escalada da violência no Brasil e dos índices alarmantes de feminicídio e tem como lema “Mulheres Vivas”.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que o feminicídio quase dobrou em Goiânia de 2023 para 2024, indo de quatro para nove. Neste ano, em todo o País, foram mais de mil registros, conforme dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Nas tentativas, houve um aumento de 26% em relação ao ano passado.
E esses não são os únicos números preocupantes. Pesquisa Nacional de Violência Contra a Mulher, realizada pelo DataSenado, divulgada em novembro deste ano, informa que 3,7 milhões de brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica ou familiar em 2025. Ainda segundo o estudo, quase seis em cada dez mulheres dizem que as agressões ocorrem há menos de seis meses. Outras 21% afirmam conviver com episódios há mais de um ano.
No ato que acontece domingo, participam movimentos sociais, organizações feministas e coletivos de direitos humanos. O “Mulheres Vivas” também pretende denunciar o avanço de todas as formas de violência, seja física, psicológica, sexual, política, institucional ou digital.
Ao Mais Goiás, as organizações destacam que “o Brasil permanece entre as nações com maiores taxas de feminicídio no mundo, e o desmonte e o subfinanciamento de políticas públicas, como a Casa da Mulher Brasileira, delegacias especializadas e serviços de acolhimento, colocam milhares de vidas em risco diariamente”. Também é foco da mobilização fortalecer redes de apoio, estimular a denúncia, ampliar o diálogo com a sociedade e ressaltar a importância dos marcos legais de proteção às mulheres, como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio.
Lideranças de todo o País têm convocado para o ato. Nas redes sociais, a deputada federal Sâmia Bonfim (Psol-SP) disse que “nós vamos tomar as ruas para dizer um basta à violência contra as mulheres. Nos últimos dias, nós vimos muitos casos de feminicídio, de violência física, violência sexual. Nós não suportamos mais e vamos tomar as ruas de todo o Brasil para dar um basta a essa situação. É fundamental que a gente se mobilize e se levante”.
Já a deputada Érika Kokay (PT-DF), convidou para o ato em Brasília (DF), que será na Feira da Torre de TV, às 10h. “Chega de silêncio, chega de morte, chega de abandono! Nossa luta é por vidas, pelo direito de existir sem medo. Traga sua voz, sua força, sua revolta. Por nós, pelas que vieram antes e pelas que precisam viver.”