Goianienses vão ser novamente testados contra covid-19

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realiza mais uma série de testes em massa na capital goiana. A expectativa é que, neste sábado (11), pelo menos 2,6 mil moradores de Goiânia sejam submetidos aos testes que visam monitorar o alastramento do coronavírus Sars-Cov-2 pela cidade.

Esta é a terceira amostragem em massa realizada em Goiânia. Dez mil pessoas já foram testadas nas etapas anteriores. Os dados da pasta de saúde apontam que, no total, contabilizando também os testes para identificação de pacientes, o número de examinados na capital chega a 30 mil.

Para a testagem, foram selecionados residências dos setes distritos sanitários —  Centro, Sul, Sudoeste, Leste, Noroeste, Norte e Oeste — através de sorteio realizado por geoprocessamento. Assim, 100 equipes formadas por um agente de endemia e profissional de saúde irão às residências selecionadas para colher sangue.

Com a coleta realizada, o morador recebe um código para ver o resultado no site da prefeitura.

Sondagem

A diretora de vigilância epidemiológica de Goiânia, Grécia Carolina Pessoni, aponta que os dados ainda são preliminares, no entanto, é possível inferir que pelo menos 2% da população goianiense entrou em contato com o coronavírus. Isso indica que há subnotificação dos casos na capital.

A partir da primeira série de testes, houve mudança no método. Os técnicos da saúde municipal passaram a adotar a coleta de sangue venoso — e não superficial, como adotado na primeira testagem — já que estudos apontaram para uma melhor eficácia deste método.

Com isso, é possível observar como a doença se espalha na capital e interferir de maneira positiva, com testagem precoce e isolamento social dos pacientes detectados para que não haja mais contaminações. Um dos casos notados é da região Noroeste, que apareceu com um grande crescimento.

“Realizamos os testes em todas as regiões de Goiânia justamente para tentar fazer um levantamento mais amplo. Assim, identificamos quais são as áreas mais expostas para, assim, agirmos com mais precisão”, aponta a diretora de vigilância. “Caso um morador seja detectado com a doença, entramos em contato e realizamos os testes em mais moradores da residência em que ele vive”, diz.