Goiás lidera produção nacional de melancia
Volume de 270,5 mil toneladas colhidas corresponde a 9,6% do crescimento na última década
Um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o estado de Goiás é líder na produção de melancia em todo o Brasil. Com 270,5 mil toneladas colhidas em 2024, o volume representa um crescimento de 9,6% na série histórica dos últimos 10 anos. No período de análise, o Brasil produziu 1,9 milhão de toneladas do fruto, que representou colheita de 23,8 toneladas por hectare de plantio. Neste cenário, a fatia produtiva de Goiás foi de 13,7%, à frente de Bahia (11,7%), São Paulo (9,7%) e Rio Grande do Sul (8,7%). Além disso, o valor da produção também bateu recorde com alta de 134,9% durante o mesmo período e atingiu R$ 273,3 milhões.
Segundo análise da Inteligência de Mercado Agropecuário da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), os resultados obtidos refletem os investimentos que o setor tem feito no melhoramento genético de cultivares, especialmente para atender à demanda crescente por melancias sem sementes, com foco em características como maior doçura, textura firme e vida de prateleira. Esse movimento amplia a competitividade dos produtores goianos, que passam a acessar nichos de mercado mais exigentes e rentáveis, tanto no varejo nacional quanto nas exportações.
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Destaques de produção
Em Goiás, o município de Uruana mantém a liderança na produção nacional de melancia, sendo responsável por 32,6% do volume colhido no estado em 2024. Jussara retomou o cultivo da fruta e conquistou a segunda posição no ranking estadual, enquanto Santa Fé de Goiás obteve o maior avanço em relação ao ano anterior, dobrando sua produção.
Outro destaque é o valor exportado de melancia, que entre janeiro e setembro de 2024 registrou o melhor desempenho dos últimos seis anos, totalizando US$ 270,1 mil. Embora a maioria da produção ainda seja destinada ao mercado interno, as exportações indicam um cenário promissor para a ampliação da presença goiana no comércio internacional.
Os embarques da fruta têm como principais destinos os países do Mercosul (Argentina, Paraguai e Uruguai). Recentemente, os Emirados Árabes Unidos também passaram a integrar o rol de compradores e, no acumulado de 2025, figuram como o destino que melhor remunera a tonelada exportada pelo estado.
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