Goiás participa de mobilização nacional para localizar desaparecidos por meio de DNA
A prioridade é para pais, mães, filhos e irmãos biológicos, mas outros parentes também podem doar
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) e a Superintendência de Polícia Técnico-Científica lançaram, nesta terça-feira (5), a Campanha Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, realizada simultaneamente em todos os estados e no Distrito Federal. A ação integra a Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas (Lei nº 13.812/2019) e visa ampliar o banco de perfis genéticos de DNA, utilizados na identificação de pessoas desaparecidas. Em Goiânia, a coleta é realizada na Avenida Engenheiro Atílio Correia Lima, 1223, setor Cidade Jardim.
O material deve ser coletado de familiares de desaparecidos e depois será comparado com perfis genéticos de pessoas não identificadas, vivas ou que tenham sido encontradas mortas, cadastradas nos bancos locais e no Banco Nacional de Perfis Genéticos. Esse cruzamento é contínuo e aumenta as chances de identificar pessoas ou confirmar parentescos.
A prioridade é para familiares de primeiro grau, como pai, mãe, filhos e irmãos biológicos. Caso esses não possam doar, outros parentes também podem participar. Se algum familiar já doou anteriormente para a perícia oficial, não é necessário repetir o procedimento.
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Procedimento é rápido, não exige jejum e dura poucos minutos
A coleta é simples, rápida e indolor, feita com um cotonete na parte interna da bochecha ou uma pequena gota de sangue do dedo. É necessário apresentar documento de identificação e dados do boletim de ocorrência. Se possível, também é recomendado levar itens pessoais do desaparecido, como escova de dente, barbeador, dente de leite ou até cordão umbilical, que podem ajudar a compor o perfil genético.
Não é preciso jejum e mesmo crianças podem doar, desde que acompanhadas por um responsável. Familiares que moram em cidades ou estados diferentes também podem participar; basta informar no ponto de coleta a relação com a pessoa desaparecida para que os dados sejam registrados corretamente.

O que acontece depois que o DNA vai para o banco de dados?
Os perfis coletados têm uso exclusivo para a busca de pessoas desaparecidas, não sendo utilizados para outras finalidades. Quando há uma identificação positiva, os familiares são comunicados e o perfil genético é retirado do banco de dados.
Em Goiás, há 23 pontos de coleta disponíveis em cidades como Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Goiás, Formosa, Rio Verde, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Águas Lindas, entre outras. Após a coleta, o perfil é cadastrado, cruzado com bancos de dados e monitorado continuamente até que haja uma possível identificação.
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