ALERTA

Goiás perde uma pessoa por hora para covid-19

O estado de Goiás superou as 7 mil mortes causadas pela Covid-19 nesta quarta-feira (3).…

Goiás perde uma pessoa por hora para a Covid-19
Goiás perde uma pessoa por hora para a Covid-19

O estado de Goiás superou as 7 mil mortes causadas pela Covid-19 nesta quarta-feira (3). Isso significa que, a cada uma hora, uma pessoa perde a batalha para a doença. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, até nesta quinta-feira (14), são 324.917 casos confirmados da doença.

A primeira morte em Goiás foi registrada em 26 de março de 2020. A vítima era Maria Lopes de Souza, de 66 anos, então moradora de Luziânia. Ela faleceu no Hospital de Campanha de Goiânia. A partir daí, a expansão da pandemia fez com que a estatística média de 24 mortes diárias pela doença.

Com a iminência da segunda onda da Covid-19 e com o aparecimento de novas variantes, o Estado vive um momento de alerta para evitar que o sistema de Saúde goiano entre em colapso. De acordo com a SES, a taxa de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) entre os hospitais públicos e privados está com 68,07% de ocupação. Ou seja, 356 pessoas ocupam vagas dos 523 leitos totais existentes.

Já a taxa de ocupação de enfermaria é mais tranquila. São 38,83% de leitos que contam com pacientes suspeitos ou com confirmações do novo coronavírus. Goiás também já conta com investigações de possível reinfecções do estado. Ao Mais Goiás noite último domingo (9), a superintendente de Vigilância em Saúde da SESFlúvia Amorim, afirmou que amostras de duas cepas foram encaminhadas a laboratórios da Fiocruz, mas não há previsão dos resultados desses exames.

“A reinfecção é possível e já têm casos em outros lugares do Brasil. Isso não significa que em Goiás não tenha acontecido, mas o que acontece é que, às vezes, eles não chegam até nós”, explicou.

Novas medidas

A cidade de Catalão, no Sudoeste do Estado, terá nova medidas de restrições a partir desta quinta-feira (14). Segundo o secretário municipal  de Saúde, Velomar Gonçalves Rios, as medidas serão tomadas após a cidade ficar com as vagas de UTIs saturadas, ou seja, com 100% da ocupação. Há apenas vagas de internação em enfermaria.

Além disso, o secretário pontuou o aumento de números de casos da doença na cidade. Até nesta quinta-feira (14), são 4046 casos confirmado da doença no município e 93 mortes. As medidas restritivas seguirão pelos próximos dez dias. Entre elas, estão:

  • das 06h as 21h – todas as atividades comerciais, industriais e de serviços funcionam normalmente, mantendo o uso de medidas sanitárias;
  • a partir das 21h até as 06h – fica mantida a permissão de funcionamento de postos de combustíveis (apenas abastecimento de veículos), farmácias e unidades de saúde e pronto-atendimento. Já o funcionamento de restaurantes e lojas de conveniência, somente com portas fechadas e apenas para fins de entrega de alimentos em domicílio (sistema delivery);
  • todos os eventos e reuniões, públicas e particulares ficam suspensos e proibidos, de qualquer natureza, sejam eles de caráter cultural, religioso, esportivo, festivo e outro;
  • quaisquer tipos de atividades esportivas, como: jogos de baralho, de tabuleiro, de entretenimento ou comemorativo, e quaisquer outras atividades que impliquem em aglomeração de pessoas após as 21h estão proibidas e suspensas.

Esperança

Uma boa notícia que pode ajudar a reverter esse quadro é a vacinação. E o Ministério da Saúde informou aos prefeitos, em reunião realizada nesta quinta-feira (14), que a vacinação começará na próxima quarta-feira (20).

O anúncio que foi feito pelo prefeito de Florianópolis (SC), Gean Loureiro (DEM), pelo Twitter.

“Serão 8 milhões de doses [de vacina contra o coronavírus] distribuídas no Brasil”, escreveu em uma publicação. “Início previsto da vacinação é quarta-feira, dia 20, 10h em todo o território nacional.”

Ele continua: “De acordo com o ministro Pazuello, na próxima segunda chegam as 2 milhões de doses da Astrazenca para os estados. Há também as 6 milhões da CoronaVac.”

 

Vale lembrar que para isso acontecer, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem que fazer a liberação de uma das vacinas. A agência está com dois pedidos de uso emergencial: da Astrazenica feita em parceria com a FioCruz e da Coronavac, feita pela Sinovac em parceria com Instituto Butantan. A resposta deve sair no próximo domingo (17).