MEIO AMBIENTE

Grupo busca apoio do MPF para evitar leilão de área do Córrego Buritis

Grupo ligado a representantes de associações de moradores, entidades de engenharia e ambientalistas se reuniu…

Associação de moradores pede suspensão de venda de área no Setor Sul
Associação de moradores pede suspensão de venda de área no Setor Sul (Foto: Prefeitura de Goiânia - Divulgação)

Grupo ligado a representantes de associações de moradores, entidades de engenharia e ambientalistas se reuniu com a procuradora Léa Batista, no Ministério Público Federal, na última terça-feira (26) para discutir o leilão de área que tem a nascente do Córrego Buritis, localizada na Avenida 136, em Goiânia, pelo governo federal. O local é visto por ambientalistas como de importância para preservação ambiental na capital goiana.

A partir da reunião, a procuradora se comprometeu a provocar a Superintendência de Patrimônios da União (SPU) para demonstrar que a área não pode ser vendida por ter importância para a preservação ambiental em Goiânia.

O vereador Mauro Rubem (PT), que participou da reunião, diz que ao mesmo tempo o grupo irá realizar ações para que a área seja um bosque público com destinação para o município.

“Já entramos com uma ação judicial, e a partir de agora vamos mobilizar a população através de protestos, políticas e abaixo assinado para impedir a venda”, diz.

Justiça

A ação judicial de que fala o vereador é uma ação popular, do dia 14 de abril, contra a União e o município de Goiânia, que realizam o processo de licitação do terreno com preço mínimo de R$ 15,7 milhões. A justiça negou liminar para suspender o processo, mas o parlamentar recorreu da decisão.

Importância ambiental

A área de 5 mil m², que é da União, situada na Rua 136 esquina com Rua 132 e Rua 148, segundo parecer técnico da Agência Municipal de Meio Ambiente possui nascentes de água consideradas vitais para a cidade, como o Córrego Buritis.

O curso d’água abastece o Lago do Bosque dos Buritis e o Lago das Rosas, ambos classificados como Unidades Municipais de Conservação e tombados pelo município de Goiânia.

O diretor da Associação para Recuperação e Conservação do Ambiente (Arca), Gerson Neto, aponta que a área é sensível por ter a nascente do Córrego Buritis e com importância para a drenagem da cidade, já que as águas da chuva convergem para o local e é absorvido.

Por isso, avalia que é preciso sensibilizar o poder público para mudanças no edital para atendimento da proteção ambiental ou até mesmo doação para que a prefeitura crie um parque ou praça ecológica. “Se forem construídos grandes prédios, poderá agravar situação de enchentes na região. O córrego já foi muito vilipendiado”, diz.