Goiânia

Guarda Civil Metropolitana entra em greve nesta sexta-feira

Apesar de uma assembleia de entidades sindicais que representam o funcionalismo público de Goiânia ter…

Apesar de uma assembleia de entidades sindicais que representam o funcionalismo público de Goiânia ter acatado a proposta da prefeitura de parcelamento da data-base, algumas categorias estão agindo de maneira mais enérgica para conseguir o cumprimento de suas pautas de reivindicações. As paralisações começaram nesta quinta-feira (9/6) e até mesmo a Guarda Civil Metropolitana deve entrar em greve a partir desta sexta (10).

Na manhão de hoje, os técnicos de necropsia do Serviço de Verificação de Óbito de Goiânia (SVO) iniciaram um período de 24 horas de manifestação por melhorias nas condições de trabalho. Segundo eles, nesse prazo de paralisação, corpos continuam sendo recolhidos, no entanto, as liberações, que costumam demorar cerca de uma hora, estão levando até seis.

O movimento teve início depois que um comunicado foi enviado à prefeitura sobre a possibilidade de paralisação dos serviços caso não houvesse proposta de melhorias para a categoria. Como não houve resposta, os trabalhadores levaram a manifestação adiante.

Já a Guarda Civil Metropolitana pretende tomar medidas ainda mais drásticas. A parada na prestação de serviços, prometida para esta sexta-feira (10), será por tempo indeterminado.

Segundo o presidente do sindicato da categoria, Carlos Elmir, a prefeitura foi avisada na última terça-feira (7/6) sobre o início da greve. “Estamos cumprindo o prazo de 72 horas previsto em lei e paralisaremos as atividades amanhã”, afirma.

Além dos problemas gerais que afetam todos os servidores do município, Carlos reclama também da falta de condições de trabalho. “Dos 1.500 guardas municipais, somente 400 tem o curso de armamento e tiro”, destaca. Para ele, pelo fato de a categoria ter hoje poder de polícia, é injustificável que a prefeitura não tenha se disposto a garantir a formação a todos os funcionários da área.

O presidente garante que vai continuar tentando negociar com a prefeitura em busca de uma solução para que possam encerrar a greve.

Pautas

Servidores municipais de Goiânia, das mais diversas categorias, estão unidos na luta pelo cumprimento de quatro pautas específicas: o funcionamento adequado do Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), maior proteção ao instituto de previdência, aplicação do Plano de Carreira dos servidores e a revogação do decreto de 2015 que tirou direitos dos servidores, conhecido como “decretão”. A quinta, o pagamento da data-base, foi resolvido por meio de assembleia na manhã desta quinta-feira com a aceitação do repasse em três parcelas: 1,5% retroativo a maio, outro 1,5% em setembro e 6,28% em dezembro.

Os sindicatos pretendem continuar negociando com a prefeitura para que, no dia 28, possam colocar as possíveis propostas em votação durante nova assembleia. No entanto, a situação é ainda mais complexa, já que, além dessas pautas gerais, cada categoria reivindica também melhorias nas condições de trabalho especificamente em suas áreas.