Guarinos decreta calamidade pública devido às chuvas
Precipitações recentes alagaram casas às margens do rio que corta a cidade e ponte que corta cidade está inviabilizada

Guarinos decretou, na terça-feira (14), estado de calamidade pública devido às fortes chuvas no município. Além de casas alagadas, estradas vicinais estão interditadas, isolando comunidades e causando transtornos, conforme o documento. Erosões, quedas de árvores e riscos de desabamentos também são citados.
Na quarta-feira (15), o prefeito Júnio Antônio Barbosa foi à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) para pedir o reconhecimento estadual como “medida urgente e necessária para garantir a continuidade da prestação dos serviços públicos essenciais à população”. O gestor levou à Casa de Leis o pedido para ampliar o decreto municipal.
Conforme o texto, fica declarado “estado de calamidade pública nas áreas do município de Guarinos afetadas por chuvas intensas”. Com a medida, fica previsto, entre outras coisas, a criação de um comitê de crise para “supervisionar e monitorar os impactos advindos das fortes chuvas caídas no município”.
Este autoriza “a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e a realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada pelos desastres”, além da entrada por agentes de defesa civil em casas para prestar socorro ou evacuar o local, bem como uso de propriedade particular, no caso de iminente perigo público, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.
Ele também fala da possibilidade de que “o pagamento das despesas referentes às intervenções emergenciais, relativas ao estado de calamidade, seja excepcionado da ordem cronológica das obrigações referentes ao fornecimento de bens, serviços, obras e serviços de engenharia” no âmbito do município, propiciando “a destinação de recursos às demandas prioritárias”.
O deputado Wagner Neto disse durante a sessão de quarta que as chuvas recentes alagaram várias casas às margens do rio que corta a cidade (ponte da GO-439 sobre o Rio Cabaçal). “A ponte que divide a cidade foi condenada e não está podendo haver a passagem de veículos, nem pequenos. Parte da cidade não tem acesso às escolas… Precisamos buscar uma solução.”
O Mais Goiás procurou o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) para saber o volume de chuvas no município. O Cimehgo não faz a medição no local, mas informou que buscará as informações. A título de comparação, Pilar de Goiás, cidade vizinha, já registrou 568 mm de chuva em janeiro.