IDENTIDADE DE GÊNERO

HGG realiza cirurgia de redesignação sexual para público trans em Goiás

Maria Luiza Alves Teles, cabeleireira de 23 anos, é a primeira paciente a passar pela…

HGG realiza cirurgia de redesignação sexual para público trans em Goiás
HGG realiza cirurgia de redesignação sexual para público trans em Goiás - (Foto: divulgação)

Maria Luiza Alves Teles, cabeleireira de 23 anos, é a primeira paciente a passar pela cirurgia de redesignação sexual realizada pelo Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG). O procedimento que vai adequar o corpo à identidade de gênero teve início às 15h desta quarta-feira (29).

Maria Luiza faz parte de um grupo de seis mulheres transexuais pacientes do Serviço Especializado do Processo Transexualizador (Ambulatório TX), que estão prontas para realizarem a cirurgia no HGG. “Estou muito feliz e pensando positivo para que tudo dê certo”, disse.

O início desse atendimento na unidade foi prorrogado devido à necessidade de suspensão de procedimentos eletivos por causa da pandemia.

Nove pacientes aguardam pela cirurgia em Goiás

Há outras nove pacientes que já atingiram o prazo de dois anos do início do acompanhamento, estabelecido por Lei, para poder realizar a cirurgia, e também devem em breve realizar o procedimento.

Na cirurgia de redesignação são criadas a genitália externa e a vagina, é mais uma etapa do processo transexualizador realizado pelo Ambulatório TX, criado pelo HGG para atender a demanda da população transexual do Estado, até então atendida apenas pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), que atualmente está com as cirurgias suspensas.

Atendimentos para mulheres transexuais

Desde sua criação, 515 pessoas passaram pelo serviço do Ambulatório TX – das quais 230 foram atendidas pelo ambulatório somente neste ano. O local realizou 5.277 atendimentos ambulatoriais e 27 cirurgias – 14 plásticas e 13 ginecológicas.

A psicologia fez 2.490 atendimentos. O hospital realizava somente os procedimentos de histerectomia vaginal, que é a retirada do útero, e a mastectomia, a retirada dos seios. As duas cirurgias realizadas até então eram direcionadas aos homens trans.

O HGG enviou nota sobre a cirurgia. Veja a íntegra:

A primeira cirurgia de redesignação sexual realizada no Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG foi considerada um sucesso pela coordenadora do Serviço de Identidade de Gênero, Transexualidade e Intersexualidade do hospital, Margareth Giglio. Segundo ela, o procedimento teve duração de quatro horas e a paciente, Maria Luiza Alves Teles, está acordada, em observação na sala de recuperação pós-cirúrgica, procedimento normal para todo pós-operatório, e deve ir para o quarto por volta das 19 horas.