FISCALIZAÇÃO

Homem é preso por receptação de fios de cobre furtados em Goiânia

A venda ilegal do metal tem atraído principalmente pessoas vulneráveis e usuários de drogas

A imagem mostra uma foto do preso de costas
O material furtado foi encontrado em uma das empresas de reciclagem (Divulgação PMGO)

Um homem foi preso em flagrante por receptação de fios de cobre durante uma operação do 42º Batalhão da Polícia Militar (PM), em parceria com a Equatorial Goiás, na última sexta-feira (8), em Goiânia. A ação teve como foco combater o furto de cabos elétricos, crime que, conforme a corporação, tem se tornado cada vez mais comum, não somente na capital, como em todo o Estado.

Durante a operação, dois centros de reciclagem foram fiscalizados. Em um deles, os militares encontraram cabos de origem suspeita e deram voz de prisão ao responsável. O material foi recolhido. Segundo as apurações realizadas pela polícia, a venda ilegal do metal tem atraído principalmente pessoas em situação de vulnerabilidade e usuários de drogas.

A PM também relatou que o furto de cabos, especialmente os de cobre, tem sido impulsionado por usuários de drogas que encontram no metal uma fonte rápida de renda para sustentar o vício. O quilo do cobre puro pode chegar a R$ 43 no mercado clandestino, enquanto os fios mistos variam entre R$ 25 e R$ 38.

Ainda conforme os agentes, além dos riscos à vida dos envolvidos e de terceiros — já que as fiações ficam expostas após as ações criminosas — os furtos também comprometem o fornecimento de energia e comunicação.

Cada vez mais frequente

No fim de abril, uma quadrilha formada por sete pessoas foi presa na Vila Canaã, também na capital, com 2,5 toneladas de fios furtados. O grupo, natural do Ceará, usava uniformes falsos de empresas de telecomunicação, além de carros e caminhões, para cometer os crimes. Três integrantes foram encontrados em uma chácara onde o material era queimado. Todos possuíam passagens anteriores por homicídio, tráfico, furto e receptação.

Segundo as empresas lesadas, cerca de 500 mil pessoas ficaram sem comunicação em Goiânia devido às ações do grupo.