Caso Parque Oeste

Homem que ateou fogo na própria casa passava por quadro depressivo, diz Polícia

O homem que ateou fogo na própria residência, no Setor Parque Oeste Industrial, em Goiânia,…

O homem que ateou fogo na própria residência, no Setor Parque Oeste Industrial, em Goiânia, nesta quarta-feira (27), com a filha dentro, poderia estar passando por um quadro depressivo. A Polícia Civil informou, por meio de nota, que teve acesso a mensagens que apontam para  uma possível depressão de Carlos Alves Pereira de Calvares, de 48 anos.

O titular da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), Douglas Pedrosa, vai ficar encarregado das investigações. O delegado informou que uma das filhas de Carlos, bem como vizinhos, foram ouvidos ontem, ainda no local do incêndio, e que mais testemunhas devem ser ouvidas nos próximos dias.

Segundo a PC, mensagens que apontariam para o quadro depressivo de Carlos estão relacionadas ao suposto fim do relacionamento conjugal. No entanto, o delegado ponderou que não é possível tirar conclusões sobre as circunstâncias do ocorrido no momento.

Douglas informou que aguarda os laudos de necropsia e do local de morte violenta para só então finalizar o inquérito. Apenas após a conclusão do mesmo o delegado deve se pronunciar a respeito das investigações.

O caso

Ana Júlia Monte de Calvares, de 9 anos e Carlos Alves Pereira de Calvares, de 48, morreram na manhã desta quarta-feira (27) após um incêndio criminoso na residência em que viviam, no Parque Oeste Industrial, em Goiânia.

Bombeiros que atenderam a ocorrência contaram que encontraram a residência trancada pelo lado de dentro, o que confirma a hipótese de homicídio seguido de suicídio. Para tentar debelar as chamas, os bombeiros tiveram que quebrar o cadeado do portão, e depois uma porta de vidro. Dentro da casa, os militares encontraram pai e filha inconscientes.

A garota, que chegou a ser socorrida e encaminhada para o Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), mas não resistiu aos ferimentos. Ela teve 70% do corpo queimado e tinha sinais de que teria sido agredida com marteladas na cabeça.

Vizinhos informaram para os policiais que atenderam a ocorrência que a mãe da garota morreu há pouco mais de um ano, e que Carlos estaria enfrentando uma grave crise financeira. Apesar destas informações, a motivação para o assassinato seguido de suicídio ainda está sendo apurada.