Crime

Homens suspeitos de matar comerciante por engano são presos

Meio quilo de crack foi o que foi pago, segundo a polícia, pelo assassinato do…

Meio quilo de crack foi o que foi pago, segundo a polícia, pelo assassinato do comerciante Francisco de Assis Sena, de 41 anos, morto por engano na manhã do último dia 21 de junho na loja de veículos de sua propriedade, no Setor Esplanada dos Anicuns, em Goiânia. Ao prender os dois executores, a polícia descobriu que o crime foi praticado a mando de dois presos que cumprem pena no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Estes detentos teriam ordenado, também, o assassinato de um advogado na Capital.

Matheus Martins Sampaio e Ítalo Daniel Policarpo de Souza, são os dois homens que, segundo a polícia, mataram Francisco de Assis Sena com mais de 10 tiros. A ordem para a execução, ainda conforme as investigações, teria sido dada por Claudinei Rodrigues de Oliveira Santos, o “Xaropinho”, que está preso na Casa de Prisão Provisória (CPP), e por John Kley Pascoal Souza, o “Bozo”, que cumpre pena na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães (POG).

No decorrer das investigações, os agentes descobriram que Francisco de Assis foi morto apenas porque se parecia muito com o seu irmão, que não teve o nome divulgado, mas que estaria disputando pontos de vendas de drogas com os dois detentos que encomendaram a execução.

Além de Matheus e Ítalo, agentes da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) prenderam ainda João Pedro Ferreira de Souza, e Victor Dias Souza, que também fariam parte da organização criminosa. No momento em que foi abordado, Matheus, que estava com uma pistola calibre Nove Milímetros, preparava-se para sair junto com Victor a fim de matarem o advogado criminalista Emerson Tadeu Vita.

“O advogado seria morto porque o John Kley e o Claudinei Rodrigues atribuíam a ele a ordem para a morte do traficante Thiago Topete, que foi assassinado durante uma briga de detentos em fevereiro passado dentro da POG. Agora o que chama a atenção, mais uma vez, é que mesmo já presos e condenados, alguns criminosos continuam comandando crimes de dentro da cadeia. Penso eu que algo precisa ser feito urgentemente para barrar isso” reclamou o delegado Francisco Júnior, adjunto da DIH, e responsável pelas investigações.

Como pagamento pela morte do advogado, ainda de acordo com o delegado, Victor Dias receberia uma pistola. Ao concluir o inquérito nesta quarta-feira (20), o delegado disse que pedirá que a Justiça transforme, de temporária para preventiva, a prisão de todos os acusados, incluindo os dois detentos que cumprem pena na CPP e POG.