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Hospital inicia cirurgias de correção de intersexo na capital

O Hospital Geral de Goiânia (HGG) deu início, neste sábado (6), a cirurgias para as…

Símbolo do movimento por visibilidade intersexo (Foto: reprodução/Internet)
Símbolo do movimento por visibilidade intersexo (Foto: reprodução/Internet)

O Hospital Geral de Goiânia (HGG) deu início, neste sábado (6), a cirurgias para as pessoas com intersexo, ou seja, que têm genitálias com características femininas e masculinas simultaneamente. A unidade atende cerca de 15 pacientes com o diagnóstico, dos quais quatro aguardam a vez para passar pelo procedimento, que é inédito no estado.

A primeira cirurgia, é realizada neste sábado (6). A segunda, já marcada, está prevista para quarta-feira (10). Médicos realizarão procedimento de forma voluntária

Segundo Margareth Giglio, uma das médicas voluntárias, intersexo é condição que constata discordância entre algum dos fatores determinantes do sexo. Com isso, muitas genitálias são ambíguas e não é possível distinguir se é feminina ou masculina. Essas pessoas podem necessitar, no decorrer da vida, de tratamentos hormonais ou cirúrgicos para adequar estes fatores determinantes.

Soluções variam diante dos casos. Segundo a médica, gonadectomia (remoção de ovário ou testículos) e clitoroplastia (remodelamento da região clitoriana) podem ser procedimentos indicados. No entanto, ela reforça que nem todos os pacientes diagnosticados precisam passar por procedimentos invasivos. “Alguns procuraram o serviço por apresentar algum outro sintoma associado à condição, não necessariamente problemas na genitália”, disse Margareth.

Intersexo

Segundo a médica, o intersexo pode ocorrer ainda durante o desenvolvimento embrionário e/ou fetal. “Não é uma condição extremamente rara, ocorrendo em cerca de 2% dos recém-nascidos, segundo a OMS”, afirma. A médica explica que, em alguns casos, as alterações são percebidas ao nascimento, mas, em outros, a alteração é percebida no momento da puberdade.