FILA DE ESPERA

Idoso diabético corre o risco de perder outra perna enquanto aguarda cirurgia, em Anápolis

Edison Sebastião de 73 anos aguarda mais de duas semanas para realizar uma cirurgia de…

Paciente Anápolis
O idoso estava internado no USF Leblon, mas precisou voltar para casa, porque não há previsão da cirurgia. (Foto: Cedidas Ao Mais Anápolis)

Edison Sebastião de 73 anos aguarda mais de duas semanas para realizar uma cirurgia de revascularização na perna esquerda, em Anápolis. Ao Mais Anápolis, a família relatou que o paciente, que já precisou amputar uma perna por causa do diabetes, precisou retornar para casa nessa segunda-feira (04), porque não há previsão de quando a cirurgia será marcada.

À reportagem, Cláudio Furtado, que é genro do paciente, relatou que Sebastião estava internado na Unidade de Saúde da Família (USF) Leblon, desde o dia 22 de junho, enquanto aguardava a cirurgia. “Estavam dando calmante para ele, pois estava muito agitado e com dor. É angustiante ver ele nessa situação e não poder fazer nada”, explica.

Segundo a justificativa de internação do paciente, a cirurgia é urgente, pois a perna do idoso desenvolveu embolia e trombose. “Nem a medicação da diabetes ele estava recebendo no hospital e a Regulação disse que ele está em um fila de espera, mas sem previsão”, relata inconformado Cláudio.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde, informou que a cirurgia de revascularização é complexa e só é feita no Hospital Estadual Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG), na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia e no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás.

Contudo, as vagas para pacientes de urgência são concedidas conforme disponibilidade de leitos da unidade. “A inserção do paciente para Goiânia segue aguardando vaga para a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia ou para o Hospital das Clínicas”, afirmou a secretaria.

“Infelizmente a única coisa que podemos fazer é esperar, porque no particular seria R$ 80 mil e não temos condições de arcar com o custo. Enquanto isso, o meu sogro corre o risco de perder a segunda perna”, relata angustiado Furtado.