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Impulsionada pelo clima favorável, safra de soja deve ser a maior da história em Goiás

Controle de pragas também foi determinante para o desenvolvimento das lavouras

Impulsionada pelo clima favorável, safra de soja deve ser a maior em Goiás Controle de pragas também foi determinante para lavouras
Foto: FreePik

A safra de soja em Goiás promete bater recordes em 2025, segundo estimativas da Agroconsult, responsável pelo Rally da Safra. A expectativa é de que o estado alcance uma produtividade média de 65,5 sacas por hectare, superando a média nacional projetada em 60,5 sacas por hectare. Condições climáticas favoráveis e o eficiente controle de pragas foram determinantes para o desenvolvimento das lavouras, que agora seguem para avaliação da equipe técnica do Rally no sudoeste goiano.

A retomada das chuvas em outubro impulsionou o ritmo do plantio em Goiás, garantindo a cobertura de regiões estratégicas.

“A safra vem se desenvolvendo bem, com bom manejo fitossanitário, embora haja preocupação pontual com lagartas em algumas áreas do Sudoeste de Goiás”, diz André Debastiani, coordenador do Rally da Safra.

A produtividade média projetada de 65,5 sacas por hectare representa um salto em relação à safra anterior, que registrou 62 sacas por hectare. Além disso, a produção total deve aumentar em 1,3 milhão de toneladas.

Expansão nacional e migração de área

No Brasil, a safra de soja também caminha para um recorde, com estimativa de produção de 172,4 milhões de toneladas, um crescimento de 10,9% em relação à safra 2023/24. O aumento está relacionado à expansão da área plantada, impulsionada pela migração de terras anteriormente destinadas ao milho verão para o cultivo de soja, devido aos custos mais competitivos.

Apesar do avanço, Debastiani alerta que a expansão é inferior à média histórica. No entanto, a previsão de chuvas para os próximos meses deve garantir um bom desempenho das lavouras de ciclo médio e tardio, além de beneficiar a segunda safra.

Impactos regionais e desafios logísticos

Enquanto estados como Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais apresentam perspectivas promissoras, regiões como Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul enfrentam problemas com baixa precipitação, o que pode impactar os números finais da safra.

Outro desafio é a pressão sobre a infraestrutura de armazenagem e secagem, decorrente do aumento no volume de grãos colhidos com alta umidade. “Estamos diante de uma safra grande, mas isso traz preocupação com podridão de vagens, maior pressão de doenças e atrasos no plantio do milho”, apontou Debastiani.

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*Com informações do portal Agro & Prosa