Educação

Integrantes de ocupação denunciam violência policial; PM e Seduce negam

// Estudantes que ocupam o colégio Ismael Silva de Jesus, na região Noroeste de Goiânia,…


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Estudantes que ocupam o colégio Ismael Silva de Jesus, na região Noroeste de Goiânia, denunciam um epísódio de violência policial que teria ocorrido na manhã desta segunda-feira (25/1). Por meio da página “Secundaristas em Luta-GO”, os manifestantes afirmam que a unidade foi invadida por policiais militares que chegaram ao local em quatro viaturas e agrediram os adolescentes que estavam no local, em sua maioria com idades entre 15 e 16 anos.

A página acusa os policiais que teriam causado o incidente de obedecerem a ordens do governador e da titular da Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), Raquel Teixeira. “Agora eles ententem que a educação é coisa de polícia”, diz o texto publicado.

Além da violência policial, os manifestantes estariam sendo vítimas também de pessoas da vizinhança da unidade. “Nesse momento os alunos, ainda machucados, estão resistindo na porta da escola enquanto sofrem violência de pessoas da comunidade. Dois ocupantes foram atropelados na porta. E um dos estudantes que foi atropelado foi pro hospital com fratura exposta.”

Ao MAIS GOIÁS, o tenete-coronel Ricardo Mendes, assessor de comunicação da Polícia Militar de Goiás, disse que não foi registrado nenhuma ocorrência envolvendo a Polícia Militar no local. “Sobre a denúncia  publicada na página do Facebook, o ônus da prova cabe a quem acusa”, disse ele. 

Sobre o jovem que foi atropelado, de acordo com Ricardo Mendes, ele teria sido atingido por um caminhão de som convocado pelos moradores.

Veja abaixo o relato do jovem atropelado em frente à escola:

Já a assessoria da Seduce relata que o incidente teria começado quando cerca de dez pais de jovens da região foram ao local tentar retirar os ocupantes. Segundo a Seduce, há cerca de 12 pessoas ocupando a unidade atualmente, e, dessas, apenas duas seriam de fato estudariam lá. Com um início de tumulto, a própria comunidade teria chamado a polícia.

“A priori, não há informações de que houve qualquer agressão por parte dos policiais. Se houve, a Seduce reitera que não compactua com a violência”, afirma a assessoria.

A pasta deve emitir uma nota em breve com maiores detalhes sobre o acontecido.