Irmãos são condenados com penas de 7 a 57 anos por execução em Luziânia

O júri da 1ª Vara Criminal de Luziânia condenou, no sábado (22), os irmãos Wanderson Lima de Araújo (“Sansão”), Edson Rui Lima de Araújo (“Rui”), Daniel Lima de Araújo e Samuel Lima de Araújo (“Vovô”), com penas de 7 a 57 anos. Eles são réus pelo homicídio qualificado de Joaquim de Sousa Gomes e Hugo de Freitas Silva, além da tentativa de homicídio qualificado contra Valter da Costa Veloso.

Os crimes aconteceram após uma festa em uma chácara de Luziânia, em 11 de novembro de 2012, durante a madrugada. Segundo a denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), a briga que desencadeou os homicídios começou após a vítima sobrevivente tentar usar o banheiro no local do festejo e ser impedida por Daniel. Consta nos autos que o homem vigiava a porta para outras pessoas usarem drogas.

Houve discussão e agressão. O rapaz fugiu, mas foi perseguido pelos acusados. Depois, os irmãos saíram para buscar armas e foram até o local onde estava Valter com as outras vítimas, que aguardavam socorro.

Os irmãos mandaram os réus deitarem de bruços. Desarmados, Joaquim e Hugo foram executados com tiros na cabeça. Valter foi atingido de raspão e sobreviveu. “Ocorreu com atuação coordenada entre os agentes, com divisão de tarefas e evidente premeditação. Os réus também efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra a vítima, em via pública, durante o período noturno, tendo sido determinado que os ofendidos se deitassem antes do ataque, o que demonstra viés de execução”, afirmou o juiz Victor Alvares Cimini Ribeiro, que presidiu o júri.

Sobre a sentença, Wanderson Lima de Araújo e Edson Rui Lima de Araújo receberam penas de 57 anos de reclusão, cada um, em regime fechado. Daniel Lima de Araújo foi condenado a 47 anos e 4 meses de reclusão, também em regime fechado. Já Samuel Lima de Araújo foi condenado apenas pelo homicídio de Joaquim de Sousa Gomes, sem incidência das qualificadoras, recebendo pena de 7 anos e 10 meses de reclusão, em regime semiaberto, e foi absolvido dos crimes contra Hugo e Valter.

A sessão teve participação da promotora de Justiça, Lorena Ferreira Carvalho, da advogada Suele Juliana Tomaz Bastita da Silva e do defensor público Emerson Fernandes Martins. Cabe recurso. O Mais Goiás mantém o espaço aberto para manifestação das defesas, caso haja interesse.