Jogo de futebol infantil vira caso de polícia após briga entre pai e árbitro em Trindade
Briga aconteceu após homem se revoltar com a derrota do time do filho
Um jogo de futebol infantil da categoria sub-11 terminou em confusão na cidade de Trindade, no último fim de semana. A briga começou quando um homem, pai de um dos jogadores, invadiu o campo durante a partida e foi em direção ao árbitro. Os dois trocaram empurrões na frente das crianças e adolescentes que assistiam ao jogo. Testemunhas relataram que o suspeito ficou revoltado porque o time do filho estava perdendo e ele acreditava que o juiz favorecia a equipe adversária.
Para a Polícia Militar, o árbitro contou que percebeu que o homem estava armado e que se tratava de uma arma branca guardada no bolso. Ele afirmou que ficou em alerta desde o momento em que identificou o objeto e que, quando o pai colocou as duas mãos em seus ombros, precisou recuar para se proteger.
Do lado de fora, a situação ficou ainda mais tensa quando algumas pessoas partiram para cima do homem. Ele atirou uma pedra contra um rapaz, que revidou. Logo depois, entrou em uma caminhonete, onde estavam duas crianças, e saiu do local.
O professor da escolinha de futebol que acompanhava os times tentou intervir para acalmar os ânimos. Ele explicou que fez gestos de paz e pediu tranquilidade, lembrando que se tratava de um jogo de crianças.
Em depoimento para a polícia, o pai contou que o juiz teria prejudicado o time Sol Nascente, onde o filho joga, ao marcar dois pênaltis em menos de dez minutos para a equipe adversária. Segundo ele, ao tentar reclamar, foi empurrado pelo árbitro e revidou o empurrão. Disse ainda que, em meio à confusão, percebeu a aproximação de várias pessoas ao seu redor, momento em que decidiu pegar o filho e ir embora. Quando chegou até o carro, teria sido alvo de pedras jogadas por outras pessoas.
O homem também confirmou que estava com um canivete no bolso, mas garantiu que não usou o objeto para ameaçar ninguém. Segundo a PM, ele explicou que trabalha como eletricista e que carrega o canivete por hábito da profissão, sem o intuito de ameaçar ou ferir alguém.
O boletim de ocorrência foi registrado e a Polícia Civil abriu investigação para apurar o caso. Até o momento, ninguém foi preso.