CRIME BÁRBARO

Jovem é encontrada com olhos, pele do rosto, orelhas e couro cabeludo arrancados no MA

Vítima havia se mudado há pouco tempo para Maranhãozinho para viver com a namorada

Jovem é encontrada com olhos, pele do rosto, orelhas e couro cabeludo arrancados no MA
Jovem é encontrada com olhos, pele do rosto, orelhas e couro cabeludo arrancados no MA (Foto: Reprodução - X)

A Polícia Civil do Maranhão encontrou o corpo de uma jovem de 21 anos com os olhos, a pele do rosto, orelhas e couro cabeludo arrancados, no último domingo (10), em Maranhãozinho. A vítima foi identificada como Ana Caroline Sousa Campêlo. As informações são do Correio Braziliense.

A Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), que investiga o caso, ouve testemunhas para tentar identificar e localizar os suspeitos. A vítima se mudou para o município há pouco tempo para viver com a namorada. Movimentos feministas e LGBTQIA+ acreditam em crime de lesbofobia.

“Ana Caroline teve sua vida e seus sonhos interrompidos no último domingo por um homem desprezível e lesbofóbico que está ciente da impunidade masculina em casos de feminicídio contra lésbicas”, publicou a escritora Márcia Tiburi.

E ainda: “Exigimos das autoridades que a justiça seja feita não apenas para o caso de Ana Carolina, mas também que ocorram ações efetivas para combater o massacre de mulheres lésbicas que vem ocorrendo e sendo silenciado há anos.”

Deputada federal pelo PCdoB do Rio Grande do Sul, Daiana Santos também lamentou o ocorrido. “É com dor e revolta que recebo a notícia do assassinato de Ana Caroline, em Maranhãozinho (MA). Uma jovem lésbica de 21 anos encontrada com o couro cabeludo, pele do rosto, orelhas e olhos arrancados. Um crime bárbaro que mostra o ódio contra as mulheres lésbicas: a lesbofobia”, escreveu no X.

Jovem teve língua arrancada em Goiânia

Em Goiânia, na última quarta (13), a Polícia Civil (PC) localizou o corpo de Lucas André Xavier de Oliveira, de 23 anos, que estava desaparecido desde o dia 21 de novembro. De acordo com a corporação, a vítima teve a língua arrancada.

Diferente de Ana, a tese não é de crime de ódio. Ele teria sido morto por supostamente ter perdido dois quilos de maconha pertencente à facção criminosa da qual fazia parte, motivo pelo qual passou a ser visto como cagueta (delator).

Três autores do homicídio foram presos, incluindo um integrante da organização que, segundo a PC, desempenha a “função” de coveiro do grupo criminoso, cavando túmulos e ocultando os corpos de vítimas executadas.

Policiais da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) encontraram o corpo em uma região de mata no Setor Vera Cruz, em Goiânia. A última vez que Lucas tinha sido visto foi quando entrou em um veículo no Jardim Cerrado 7, também na capital.

A PC identificou que, no dia do crime, a vítima foi atraída para uma emboscada pelo mandante do homicídio, o qual disse que o rapaz deveria cometer um roubo para saldar a dívida das drogas, quando, na verdade, estava atraindo-o para ser morto.