Jovem que matou a ex-namorada foi assassinado pelo próprio amigo, em Trindade

O autônomo Deyvid Rodrigues Gomes Chaves, de 28 anos, segundo a polícia, confessou ser o autor do disparo que matou, no último dia 13 de março na zona rural de Abadia de Goiás, Marcos Alexandre Assis, de 31 anos. Marcos Alexandre foi encontrado morto com um disparo no peito minutos após assassinar, também a tiros, no Centro de Trindade, a ex namorada Yone Glória da Cunha Novais, de 21 anos.

Deyvid Rodrigues foi preso em flagrante duas horas após o assassinato de Yone Glória acusado de ter levado, em seu veículo, Marcos Alexandre, de Goiânia até Trindade, na região metropolitana da Capital. No primeiro depoimento prestado à polícia, o autônomo disse que o amigo teria lhe pedido para levar à Trindade para que pudesse receber uma dívida, alegou que não viu quando o amigo matou a ex-namorada, e que após deixá-lo perto de uma fazenda, teria escutado um disparo, ocasião em que viu dois homens fugindo em uma moto.

Dias depois, em um novo depoimento, Dayvid alegou que Marcos Alexandre teria cometido suicídio, mas nesta semana acabou confessando ser o autor do disparo que tirou a vida do amigo. “Ele disse que quando o Marcos Alexandre voltou correndo do local onde supostamente teria ido receber uma dívida, pensou que ele teria cometido um assalto, uma vez que estava bastante nervoso. Os dois então, ainda conforme a versão apresentada por ele, discutiram, ocasião em que o Marcos teria apontado o revólver para ele, e o obrigou a seguir até as proximidades de uma fazenda”, relatou o delegado Arthur Fleury, titular da Delegacia de Guapó.

Um vídeo gravado pela Polícia Civil mostra quando o autônomo confessa que ao parar o carro para deixar o amigo conseguiu tomar a arma dele, ocasião em que teriam discutido mais uma vez, e Marcos então, ao descer do carro, acabou morto com um disparo no peito. “A versão de que ele levou o amigo para Trindade para receber uma dívida de R$ 34 mil, sem saber que na verdade ele pretendia assassinar a ex namorada, foi confirmada por uma outra testemunha ouvida nos autos, e que também havia sido procurada por Marcos Alexandre”, concluiu Arhtur Fleury.

Sobre o revólver calibre 32 usado nos dois assassinatos, Deyvid alegou que jogou a arma no mato perto de onde executou o amigo, mas mesmo após incessantes buscas, a Polícia Civil ainda não conseguiu localizar a arma. O autônomo, que permanece preso preventivamente acusado de co participação no feminicídio, responderá também pelo assassinato do amigo.