Juíza mantém preso suspeito de acidente com seis veículos no Jardim América, em Goiânia
Conforme a Polícia Civil, desde a última sexta-feira (24), ele teria praticado crimes contra a companheira de 19 anos
A juíza Jordana Brandão Alvarenga Pinheiro converteu, nesta terça-feira (28), a prisão em flagrante de Lucas San Thiago Batista Moreira, de 24 anos, em preventiva. Ele foi preso no domingo (26) após causar um engavetamento com seis veículos no Jardim América, em Goiânia, e causar a morte de um homem e deixar outros seis feridos, enquanto dirigia uma S-10. Além disso, conforme a Polícia Civil, desde a última sexta-feira (24), ele teria praticado crimes contra a companheira de 19 anos. Ele teria agredido a mulher e a mantido em cárcere privado antes do acidente.
O caso teve início ainda em Rio Quente, na sexta-feira, quando o suspeito teria consumido drogas e álcool, conforme o processo. Desde então, a vítima pedia ao suspeito que retornasse para a capital. No sábado (25), ela chegou a ligar para a Polícia Militar, mas o homem teria tomado o celular dela e o quebrado – naquele momento, ela deu a descrição errada do veículo.
No domingo, contudo, ela o convenceu a retornar a Goiânia e, quando parou em uma distribuidora, a mulher tentou fugir, mas foi trancada no veículo, momento em que o suspeito acelerou e passou a dirigir de forma imprudente. Antes do acidente que envolveu seis veículos, ele atingiu um motociclista nas proximidades do Jardim América.
Em seguida, contudo, houve o engavetamento com veículos parados no semáforo. Dentro da caminhonete, inclusive, as autoridades encontraram entorpecentes. Para a autoridade policial, o homem negou o depoimento da vítima e afirmou que ela era garota de programa.
Assim, a juíza entendeu que a gravidade da conduta “revela que a colocação do autuado em liberdade, nesta fase, poderia viabilizar novas práticas delitivas (periculum libertatis), uma vez que a certidão de antecedentes do autuado indica a existência de diversas outras passagens delitivas, o que reforça a ideia de que o custodiado é uma pessoa agressiva e volta à prática de crimes, além de indicar que medidas menos gravosas não surtirão efeitos práticos no caso concreto”.
A juíza concedeu, ainda, medidas protetivas em favor da vítima. Em caso de soltura, o investigado não poderá se aproximar dela e de seus familiares, nem manter contato com eles e nem frequentar os mesmos locais.
O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa de Lucas, mas mantém o espaço aberto, caso haja interesse.