Após 20 anos

Julgamento do caso Martha Cozac está agendado para esta terça

Quase 20 anos após o crime, está agendado para esta terça-feira (15/3) o julgamento de…

Quase 20 anos após o crime, está agendado para esta terça-feira (15/3) o julgamento de Alessandri da Rocha Almeida e Frederico da Rocha Talone acusados da morte da empresária Martha Maria Cozac e do garoto Henrique Talone Pinheiro. Esta é a quarta vez que é designada uma data para a sessão, já que em outras ocasiões recursos da defesa impediram a realização do júri.

Martha Cozac e Henrique Talone foram assassinados na madrugada de 7 de outubro de 1996, dentro de uma casa na Rua 132, no Setor Sul, em Goiânia. Um dos acusados, Frederico Talone, havia sido contratado por Marta Cozac para trabalhar na confecção de sua propriedade. Era uma forma de retribuir o aluguel do imóvel – propriedade de Frederico Talone – que utilizava para morar e como sede de sua empresa.

Segundo denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO), no dia do crime, Martha Cozac havia acabado de chegar de uma viagem a Cristalina. A empresária, então, ligou para Frederico Talone e pediu que no dia seguinte ele levasse cheques de terceiros que havia recebido pela confecção e estavam na posse do rapaz. Ela contou também que o veículo de sua propriedade, um Fiat Uno, apresentou defeito na ignição depois de uma tentativa de furto.

De acordo com a denúncia do MPGO, Frederico Talone e Alessandri da Rocha foram até a casa da empresária no mesmo dia. Eles chegaram ao local por volta das 23h, quando a empresária já se preparava para dormir.

Martha Cozac abriu o portão do imóvel e acendeu as luzes, mandando os dois entrarem. Segundo o MPGO, Frederico Talone, que à época era praticante de jiu-jitsu, e Alessandri da Rocha agrediram a mulher, aplicando-lhe golpes em regiões estratégicas. Ela ficou desfalecida e os dois aproveitaram para amarrar seus pés e mãos, a levaram para o quarto e desferiram uma facada no lado esquerdo do peito.

Henrique Talone, que à época tinha 11 anos de idade, estava no quarto e também foi amarrado, teve os olhos vendados e a boa amordaçada. O menino levou dois golpes de faca, que foi deixada cravada em seu corpo. Frederico Talone e Alessandri da Rocha, de acordo com a denúncia, se apoderaram de cheques da empresária, dinheiro, cartões bancários e fugiram levando ainda o Fiat Uno avariado.

Ao proferir a decisão de pronúncia, em 23 de março de 2010, Jesseir Coelho de Alcântara explicou que a materialidade delitiva estava comprovada e, embora os acusados negassem a prática do crime, os indícios de autoria se extraem dos depoimentos prestados pelas testemunhas.