JUSTIÇA

Júri condena casal por morte de criança de 2 anos em Santo Antônio do Descoberto

Júri popular no município de Santo Antônio do Descoberto condenou casal pela morte de uma…

Garoto morreu após diversos ataques durante à noite e teve traumatismo craniano (Foto: Arquivo pessoal)
Garoto morreu após diversos ataques durante à noite e teve traumatismo craniano (Foto: Arquivo pessoal)

Júri popular no município de Santo Antônio do Descoberto condenou casal pela morte de uma criança de 2 anos, em Santo Antônio do Descoberto. Crime que matou Henzo Gabriel da Silva Oliveira aconteceu em março de 2018.

Após mais de 16 horas de julgamento, o corpo de jurados considerou os réus Luana Alves de Oliveira, mãe da criança, e Wesley Messias de Souza, padrasto, culpados pelo espancamento, que gerou múltiplas lesões físicas, bem como pela asfixia que levou o garoto a óbito.

A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça André Wagner Melgaço Reis, que atuou no caso desde o início. O promotor conseguiu que os jurados acolhessem as três circunstâncias que agravam a conduta do crime: Motivo torpe, emprego de meio cruel (asfixia) e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

A sentença determinou a condenação de Luana em 30 anos de reclusão, em regime fechado, enquanto Wesley pegou uma pena de 28 anos, 1 mês e 15 dias de reclusão, também em regime fechado. Na decisão, foi mantida a prisão preventiva dos dois, diante da gravidade e repercussão do crime.

Como o crime aconteceu?

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, os acusados agrediram a criança ao longo de toda a noite, entre os dias 5 e 6 de março de 2018. As agressões tiveram início quando o casal tentou colocar o menino para dormir e ele não parava de chorar. Foram diversos ataques com socos, chutes e pisões que provocaram uma série de lesões e levaram o garoto à morte.

Após agredirem a criança, eles a deixaram na sala da casa, enrolada em um cobertor, e foram dormir. No dia seguinte, o pai de Wesley notou que o menino não se mexia e avisou os condenado, que levaram a vítima, já sem vida, para o hospital.

“Como a vítima estava indefesa e inconsciente por causa traumatismo crânio encefálico causado pelo espancamento, ela acabou sendo asfixiada”, detalhou a denúncia, mencionando o laudo médico juntado aos autos do inquérito.